Apps de transporte particular lançam serviço exclusivo para mulheres na França
Mudança garantirá "maior segurança" para clientes, disse a Uber, que tem 1.500 motoristas mulheres já disponíveis em Paris
Duas plataformas rivais de transporte por aplicativo anunciaram nesta quinta-feira opções que permitiriam às mulheres parisienses pedir um carro dirigido por uma motorista mulher, em uma tentativa de garantir "maior segurança" para suas clientes. A opção "Uber by Women", disponível a partir desta quinta-feira, não tem custo extra, mas pode ter tempos de espera maiores.
A Uber lançou um esquema semelhante em outros países europeus enquanto a empresa lida com uma série de alegações de agressão ou assédio sexual contra seus motoristas. A mudança garantirá "maior segurança" para suas clientes, disse a Uber, com cerca de 1.500 motoristas mulheres já disponíveis em Paris.
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Há um lembrete no aplicativo de que a opção é somente para mulheres, e os motoristas podem cancelar se um homem tentar usá-la, informou a plataforma à AFP.
"O tempo de espera [...] pode ser maior do que com outras opções, 15 minutos em média, em comparação com quatro minutos" para um pedido padrão, disse a Uber.
Mas a empresa de compartilhamento de viagens também espera que a mudança atraia mais mulheres motoristas, oferecendo a elas uma "redução substancial" nas taxas cobradas por cada viagem.
O Uber by Women é uma "excelente maneira de aumentar a atratividade da profissão de transporte por aplicativo para mulheres que, de outra forma, não a considerariam", disse a chefe do Uber na França, Laureline Serieys. A rival europeia Bolt também anunciou o lançamento de uma opção semelhante na França, chamada "Women by Women", com lançamento previsto para o final de 2024.
"É essencial garantir a segurança de todas as mulheres que usam serviços de transporte privado", disse o diretor da Bolt na França, Julien Mouyeket. "A categoria 'Mulheres para Mulheres' representa esse compromisso, atendendo às expectativas de segurança das usuárias e, ao mesmo tempo, protegendo as motoristas", acrescentou.