Arcabouço fiscal: mesmo com ministério, União Brasil dá sete votos a menos ao governo
Em comparação com a primeira votação do regime fiscal, União e PP tiveram queda de deputados favoráveis
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O governo Lula ainda não viu o aumento de votos favoráveis de partidos do Centrão na aprovação do arcabouço fiscal nesta terça-feira (22) na Câmara.
Com uma mudança recente de ministro na Esplanada dos Ministérios, o União Brasil entregou 7 votos a menos do que na primeira votação do regime fiscal na Câmara dos Deputados. O PP apresentou 5 votos a menos. Já o Republicanos teve apenas 1 voto favorável a mais.
A primeira aprovação do arcabouço fiscal na Câmara ocorreu no dia 23 de maio.
União Brasil: 50 votos sim na primeira votação x 43 votos sim na segunda votação
PP: 39 votos sim na primeira votação x 34 votos sim na segunda votação
Republicanos: 34 votos sim na primeira votação x 35 votos sim na segunda votação
PP e Republicanos estão na lista de espera de Lula para ocuparem cargos em ministérios. O presidente deve anunciar as mudanças na volta da viagem à África. O União Brasil, porém, conseguiu colocar o deputado licenciado Celso Sabino no Ministério do Turismo no início de agosto.
Veja como cada partido votou no parecer do relator Claudio Cajado (PP-BA), que deixou despesas do Fundeb e do Fundo do DF fora do limite fiscal:
Avante: 5 votos sim
Cidadania: 2 votos sim
MDB: 30 votos sim, 4 votos não
Novo: 3 votos não
Patriota: 2 votos sim, 1 voto não
PCdoB: 7 votos sim
PDT: 15 votos sim
PL: 21 votos sim, 68 votos não
Podemos: 12 votos sim, 3 votos não
PP: 34 votos sim, 1 voto não
PSB: 14 votos sim
PSD: 33 votos sim, 2 votos não
PSDB: 11 votos sim, 3 votos não
PSOL: 12 votos sim
PT: 62 votos sim
PV: 6 votos sim
Rede: 1 voto sim
Republicanos: 35 votos sim
Solidariedade: 4 votos sim
União: 43 votos sim, 7 votos não
Os gastos com ciência e tecnologia fora da meta fiscal e a mudança no cálculo de inflação, alterações também sugeridas pelo Senado, tiveram parecer contrário do relator Claudio Cajado (PP-BA). Mas a liderança do governo liberou a base para votar como quiser.
Dessa forma, 18 deputados votaram favoráveis à alteração do Senado e contra o relator, incluindo parlamentares do PSOL, PT, Rede, MDB, PDT e PSB.