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BALANÇO

Área do Recentro recebeu cerca de R$ 500 milhões em investimentos privados, diz secretário

Por parte do município, foram injetados, nos três anos do Gabinete do Centro do Recife, mais de R$ 170 milhões em obras públicas e manutenção

João Paulo: "Pesquisa de percepção indicou que mais de 50% das pessoas querem morar no Centro"João Paulo: "Pesquisa de percepção indicou que mais de 50% das pessoas querem morar no Centro" - Foto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco

A Prefeitura do Recife deve anunciar, até o final de 2024, um balanço das atividades dos três anos do Gabinete do Centro do Recife (Recentro) e um plano de ações do órgão municipal para a próxima gestão do prefeito João Campos (PSB). A informação é do secretário Executivo do Recentro, João Paulo da Silva, que visitou a Folha de Pernambuco na tarde desta quinta-feira (7). 

Ele esteve na sede do jornal acompanhado pelo gerente de Operações do Recentro, Tota Faria; e da designer gráfica Camila Martinelli. Eles foram recebidos pelo diretor Executivo do jornal, Paulo Pugliesi; a diretora Administrativa, Mariana Costa; a gerente Administrativa, Ivone Palácio; o editor adjunto geral, Edi Souza; e a editora de Política e Economia, Carol Brito.

O secretário revelou que o Recife, ao que tudo indica, será a cidade do Brasil com maior número de imóveis beneficiados por uma lei de incentivos fiscais na área central em apenas um ano. “Nem o Rio de Janeiro, com o Programa Reviver Centro, que tem mais de sete anos, conseguiu beneficiar tantos imóveis em um único ano. A expectativa é que a gente feche com mais de 30 imóveis (beneficiados)”, adiantou.

No que diz respeito aos incentivos fiscais concedidos pelo Recentro, o secretário afirmou que fechou 2023 com seis imóveis beneficiados.  “Parece pouco, mas representa muitos negócios. Só o Moinho, um dos imóveis beneficiados, tem mais de 40 negócios. Cada negócio ali dentro recebe benefícios de IPTU, de ISS, de TBI”. Em relação a 2024, ele ressalta que “o pulo foi significativo”, garantiu.

Quanto ao balanço do Recentro, o secretário apresentou alguns números. Por parte do município, foram investidos, nesses três anos do Gabinete, mais de R$ 170 milhões em obras públicas e manutenção. Quanto aos investimentos da iniciativa privada, os números também são relevantes. “A gente está fechando os três anos do Recentro com quase R$ 500 milhões atraídos da iniciativa privada”, revelou ele.

Investimentos
Os investimentos englobam, por exemplo, o Complexo Porto Novo Recife (Novotel Recife Marina, Recife Expo Center e a Recife Marina); o Moinho Recife Business & Life; a empresa de call center Datamétrica; e o Hotel Motto by Hilton - que está sendo construído. “Tudo isso sem contar os investimentos de pequeno e médio porte, todos também articulados pelo Recentro”, lembrou.

Em relação ao plano de ações para os próximos anos, assinado pela Agência Recife para Inovação e Estratégia (Aries), o documento foi pensado a partir de escutas e uma pesquisa de percepção na Região Metropolitana do Recife (RMR), por meio do Conecta Recife, com mais de 12 mil pessoas.

“A pesquisa de percepção indicou que mais de 50% das pessoas, entre as que responderam, querem morar no Centro. Parece pouco, mas não tem nenhuma outra área da cidade onde a pessoa diga: ‘eu sairia de onde estou para morar lá’. Só que o centro não tem tanta oferta de moradia. Se for pesquisar, você encontra ainda na Boa Vista, mas São José, Santo Antônio e Bairro do Recife não têm”, lembrou. 

Plano
O plano traz uma carteira e projetos estratégicos que serão implementados. “Vai ter projetos para a área de habitação, de cultura, de turismo, de desenvolvimento econômico e outros eixos”, esclareceu. Para os próximos quatro anos, já há algumas obras em curso, como o Mercado São José, que está sendo requalificado. E inclui, ainda, a Avenida Guararapes, que está passando por um estudo realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

Para tanto, o Banco que contratou um consórcio liderado pelo escritório de arquitetura Jaime Lerner – do ex-prefeito e responsável pela mudança urbanística da cidade de Curitiba, no Paraná. A ideia é realizar uma modelagem econômica e urbanística para todos os imóveis da área.

“A gente tem uma PPP (Parceria Público-Privada) de habitação que está sendo coordenada pela Secretaria de Habitação e a Caixa. O chamamento deve ser lançado em breve e vai gerar mais de 1,2 mil novas unidades habitacionais no Centro. Vão ser três imóveis retrofitados e mais dois construídos”, ressaltou.

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