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Arezzo e Soma querem se consolidar como a maior plataforma de marcas da América Latina

Negócio deverá ser concluído em 2025; nome da nova empresa será escolhido em quatro meses

Fachada de loja da Arezzo Fachada de loja da Arezzo  - Foto: Divulgação/Arezzo

A incorporação da Soma pela Arezzo deverá estar concluída em 2025 e o objetivo é consolidar a maior plataforma de marcas, de calçados e vestuário, da América Latina, afirmou Alexandre Birman, escolhido CEO da nova empresa. O nome da nova companhia será definido nos próximos quatro meses.

"Queremos a consolidação da maior plataforma de marcas da América Latina, ganho de sinergia e agregação de valor no longo prazo. Não tem canibalização de portfólio" disse Birman durante apresentação a investidores.

Roberto Jatahy disse que o sonho é ser o maior da América latina, mas o 'sonho grande' é ser global.

"O Brasil tem dificuldade de crescer. O sonho grande é ser global e aumentar o nosso mercado" afirmou Jatahy, que afirmou que sem as preocupações com as áreas de Relações com Investidores e Governança, que tinha na Soma, poderá potencializar a área de roupas femininas.

Birman lembrou que que marcas como Farm, Alexandre Birman e Schutz já são internacionalizadas.

A nova empresa será formada por quatro áreas; calçados e acessórios, vestuário feminino (que será comandada por Roberto Jatahy, da Soma), vestuário masculino e pela Hering, que será transformada numa unidade independente e tocada por Thiago Hering, da família fundadora.

O segmento de calçados e acessórios, considerando as marcas de Arezzo e Soma, movimentaram até o terceiro trimestre de 2023 R$ 4,3 bilhões, com 817 lojas. Terá à frente a executiva Luciana Wodzik. Já vestuário feminino girou R$ 3,7 bilhões com 287 lojas. A Hering tornou-se uma unidade independente classificada como vestuário democrático, movimentando R$ 2,4 bilhões em 749 lojas. E vestuário masculino girou R$ 1,6 bilhão com 217 lojas no período. Será dirigida por Rony Meisler.

Jatahy afirmou que foram mais de três anos de conversa até que o negócio de juntar as operações amadurecesse. Ele afirmou que as culturas de cada empresa serão preservadas. Os acionistas não poderão vender ou transferir suas ações nos próximos dez anos.

As receitas combinadas das duas empresas somam R$ 11,9 bilhões, com R$ 753 milhões lucro liquido. São 559 lojas próprias, 1.530 franquias e 21,5 mil funcionários. Nas principais redes sociais, as marcas das duas empresas somam 32 milhões de seguidores.

Os executivos não falaram de números, mas apontaram como principais sinergias a integração da cadeia de fornecimento, além da utilização da expertise da Arezzo para expandir a categoria de calçados. Também serão ampliadas as franquias e o parque industrial da Hering será otimizado, disseram os representantes das duas empresas.

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