Argentina limita acumulação de dólares por bancos contra "efeito Milei" no câmbio após a posse
Reservas não podem exceder o menor valor registrado entre 12 de outubro e 6 de dezembro, de acordo com uma regra publicada em site
O banco central da Argentina limitou a quantidade de moeda estrangeira que os bancos comerciais do país podem manter, em um esforço para desencorajar o acúmulo de dólares antes de uma desvalorização que o presidente eleito Javier Milei deverá realizar após assumir o cargo no domingo (10).
O banco central do país informou que as reservas não podem exceder o menor valor registrado entre 12 de outubro e 6 de dezembro, de acordo com uma regra publicada em seu site nesta quinta-feira (7).
A medida, anunciada no último dia útil da atual administração, começa a valer imediatamente e permanecerá em vigor até o final do ano.
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A nova regra forçará os bancos a se desfazerem dos dólares que possuem atualmente em suas carteiras, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto, que pediram para não serem identificadas por se tratar de informações privadas.
Isso aumentaria a oferta no mercado oficial de câmbio e ajudaria o banco central a sustentar o peso, já que os comerciantes se preparam para uma desvalorização.
Os preços de mercado apontam para uma queda de 27% no peso na segunda-feira, com os investidores prevendo uma desvalorização de 44% no futuro sob a presidência de Milei.
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Os porta-vozes da instituição explicaram que a medida tem como objetivo evitar que os bancos aumentem suas reservas de dólares hoje. A equipe de Milei não quis comentar.
Embora a equipe do novo presidente tenha sinalizado que não suspenderá os controles cambiais imediatamente e aparentemente tenha adiado os planos de eliminar o peso, o nível atual da moeda argentina é considerado insustentável.