Recursos

Argentina quer pagar US$ 900 milhões ao FMI com empréstimo do CAF e conversa com BID

Ministério da Economia espera a aprovação de empréstimo amanhã para pagar débitos vencidos em novembro e manter a renegociação com o Fundo. Ilan, do BID, apoia plano de Milei

Luis Caputo, ministro da Economia da ArgentinaLuis Caputo, ministro da Economia da Argentina - Foto: JUAN MABROMATA / AFP

O ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, afirmou nesta quinta-feira (14) que pretende tomar uma empréstimo do Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) para pagar ao Fundo Monetário Internacional (FMI) US$ 900 milhões em dívidas que venceram em novembro.

Os recursos novos ajudarão a dar fôlego ao novo governo.

O empréstimo-ponte de carca de US$ 1 bilhão pode ser autorizado nesta sexta-feira, segundo a expectativa da equipe econômica do governo de Javier Milei. Será uma forma de a Argentina poder rolar a parcela de dezembro sem entrar em uma situação de inadimplência com o FMI, dando tempo para que o Caputo possa renegociar o acordo da Argentina com o Fundo firmado em 2022 para refinanciar o pagamento do empréstimo de US$ 44 bilhões tomado pelo país junto ao organismo multilateral em 2018.

Segundo informou o jornal argentino Clarín, representantes do FMI solicitaram o adiantamento do financiamento à CAF, num sinal de apoio concreto da instituição ao novo governo. Logo após o anúncio das primeiras medidas econômicas de Milei, na terça-feira, o FMI classificou o plano de “ambicioso”, numa avaliação positiva.

Ainda segundo o Clarín, o diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, Rodrigo Valdés, teve uma conversa na segunda-feira com Caputo. Além da dívida com o FMI, a Argentina tem cerca de US$ 4,5 bilhões em dívidas a serem pagas nos próximos trinta dias.

Já o jornal La Nación destacou que o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o brasileiro Ilan Goldfajn, teve encontros com Milei e integrantes de seu gabinete durante sua passagem por Buenos Aires para a posse do novo presidente. De volta a Washington, fez comentários positivos sobre as primeiras medidas econômicas de Milei:

— O ajuste fiscal é um ajuste forte — disse Ilan a jornalistas, indicando que o BID dará assistência aos técnicos de Milei e deixando em aberto a possibilidade de ampliar o crédito à Argentina. — Em termos de liquidez e financiamento, há um acordo e uma negociação com o FMI. Não somos parte dessa negociação. O que estamos pensando no BID é qual será a nossa programação para 2024, e isso seria parte de nossa conversa com a Argentina. Então não descartameos nada, seria parte da programação.

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