Arrecadação sobe 6,6% em janeiro, bate recorde e ajuda governo a evitar bloqueios no Orçamento
Receitas totalizaram R$ 280,6 bilhões, o melhor resultado para um mês desde o início da série, em 1995
A arrecadação do governo federal subiu 6,6% em janeiro, atingindo R$ 280,63 bilhões, segundo dados da Receita Federal divulgados nesta quinta-feira (22(. O número é o maior para um mês de toda a série histórica, que começou em 1995, em termos reais, ou seja, já descontada a inflação.
Já as receitas administradas exclusivamente pelo órgão subiram 7%, totalizando R$ 262 bilhões, o melhor resultado para o mês desde janeiro de 2020.
O número positivo vai ajudar o governo a evitar bloqueios no Orçamento no relatório de Receitas e Despesas que será divulgado em março. Com mais dinheiro em caixa no início do ano, diminuem as chances de esse relatório apontar desequilíbrio na busca pela meta de déficit zero, o que obrigaria ao Ministério do Planejamento decretar o contingenciamento.
Leia também
• Calendário Pis/Pasep 2024: veja datas de pagamento do abono salarial
• Receita abre consulta a lote residual do Imposto de Renda
"O acréscimo observado no mês de janeiro pode ser explicado, principalmente, por pagamentos atípicos de IRPJ e CSLL, e pelo comportamento das desonerações vigentes. ", disse a Receita.
Queda em 2023
A arrecadação federal fechou o ano de 2023 em leve queda de 0,12%, com receitas que totalizaram R$ 2,31 trilhões. Apesar da redução, em termos reais, ou seja, descontada a inflação, o número foi o segundo melhor desde 1996, segundo a Receita Federal, perdendo apenas para os R$ 2,36 trilhões de 2022.
Em dezembro, a arrecadação subiu subiu 5,15%, em termos reais, na comparação com o mesmo mês de 2022, e R$ 213,22 bihões em receitas.
A queda no ano frustrou a expectativa da equipe econômica que contava com aumento da arrecadação para diminuir o déficit primário das contas públicas. O dado como percentual do PIB não foi divulgado porque o IBGE ainda não calculou o número exato do crescimento de 2023.