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EUA

Assessor econômico de Trump nega danos de curto prazo com aumento de tarifas

Para ele, consumidores americanos são "flexíveis" e há a opção de produzir internamente

Assessor não deu detalhes sobre o próximo conjunto de aumentos tarifários, que Trump prometeu divulgar em 2 de abril Assessor não deu detalhes sobre o próximo conjunto de aumentos tarifários, que Trump prometeu divulgar em 2 de abril  - Foto: Mandel NGAN / AFP

Principal assessor econômico do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, Stephen Miran minimizou a ideia de danos de curto prazo à economia dos EUA com o aumento das tarifas anunciado pelo presidente. Para ele, os consumidores americanos têm opções para se adaptar às taxas.

"Não acho que haverá danos de curto prazo com as tarifas", disse Miran, presidente do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, na segunda-feira, em entrevista à Bloomberg Television com Saleha Mohsin.

"Os consumidores dos EUA são flexíveis. Temos opções. Podemos produzir coisas internamente".

Miran recusou-se a oferecer detalhes sobre o próximo conjunto de aumentos tarifários, que Trump prometeu divulgar em 2 de abril. A Bloomberg News informou anteriormente que a onda de tarifas provavelmente será mais direcionada do que Trump ameaçou.

"A situação está em desenvolvimento", disse Miran.

"A equipe e o presidente estão avaliando opções. Seria errado da minha parte antecipar isso", afirmou. "Descobriremos em breve."

Ao invés dos EUA, serão as nações estrangeiras que sofrerão com o aumento das tarifas, disse Miran.

"Os países que vendem para os Estados Unidos são inflexíveis — eles têm apenas os Estados Unidos como mercado", disse Miran.

"Portanto, são eles que arcam com o peso dessas tarifas, o que significa que haverá um repasse muito limitado para o risco econômico negativo ou para o aumento dos preços."

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Os desafios da economia dos EUA no curto prazo virão, em vez disso, da transição que diminui a dependência do setor público, disse o economista-chefe da Casa Branca.

Três quartos do crescimento do emprego nos EUA nos últimos anos podem ser atribuídos a "gastos governamentais e subsídios dos contribuintes", disse Miran.

"Portanto, a economia fica frágil enquanto fazemos essa transição para o setor privado."

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