Associação Comercial de Pernambuco (ACP) promove debate sobre mudanças climáticas
As discussões foram capitaneadas pelo diretor-executivo da Plant Inteligência Ambiental, Warwick Manfrinato; e pelo advogado e consultor ambiental, Antonio Fernando Pinheiro Pedro
A Associação Comercial de Pernambuco (ACP) promoveu, na manhã desta quinta-feira (26), um debate sobre "O Contexto e a Geopolítica das Mudanças Climáticas", no Novotel Marina Recife, na área central da capital pernambucana.
As discussões foram capitaneadas pelo diretor-executivo da Plant Inteligência Ambiental, Warwick Manfrinato; e pelo advogado e consultor ambiental, Antonio Fernando Pinheiro Pedro.
De acordo com o presidente da ACP, Tiago Carneiro, é importante discutir sobre o tema, pois a humanidade não conhece a fundo os eventos climáticos.
"As mudanças climáticas tem diversas linhas de pensamento, condução, e a gente está trazendo aqui a discussão para que a gente possa pulverizar, divulgar o máximo o conhecimento sobre o tema para trazer soluções e oportunidades para os empresários", afirmou o gestor.
O encontro foi uma oportunidade de incentivar os empresários e empreendedores a conhecerem mais sobre as ações sustentáveis, o papel dos mercados de carbono no Brasil e no mundo, e estratégias para transformar desafios ambientais em vantagens competitivas.
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De acordo com Warwick Manfrinato, as mudanças climáticas estão se consolidando como uma das maiores ameaças existentes no planeta.
“Se as mudanças climáticas não forem incorporadas no dia a dia das pessoas no sentido de atender as soluções necessárias, a gente tem um risco muito grande de ter problemas quase que imensuráveis. E se as pessoas não fizeram isso, se os indivíduos não se ativerem a isso, obviamente que os gestores públicos e os políticos não vão fazer a sua parte também”, pontuou.
“Já não é um problema que se tem dúvidas sobre ele, mas como que a gente, de fato, leva soluções que estão sobre a mesa para que as pessoas incorporem isso no seu dia a dia, tanto no nível individual, do cidadão, quanto das pessoas jurídicas, das empresas, dos grupos econômicos”, acrescentou.
Durante a palestra, Warwick também mencionou a importância dos acordos climáticos internacionais. Segundo ele, todo o contexto de institucionalização desses acordos, criou, nos últimos 30 anos, o estabelecimento de organismos dentro das Nações Unidas que levaram os tratados a serem implementados e regularizados em nível até municipal.
“Quando se fala da nossa vida cotidiana, a gente vive nos municípios, dentro das cidades. Então como essa questão global pode e deve ser tratada ao nível do nosso cotidiano. Os instrumentos que as convenções do clima, em particular, nos deram, permitem hoje que a gente consiga, de fato, fazer quantificações do impacto de uma única empresa. Lembrando que isso hoje só é possível porque houve um acordo climático internacional, e que esse acordo trouxe a todas as nações signatárias”, mencionou.
No início da conversa, o consultor ambiental Antonio Fernando Pinheiro trouxe um histórico das discussões sobre mudanças climáticas. Ele afirmou que o tema é algo que “diz respeito ao grande avanço da tecnologia e do conhecimento científico que o homem passou a ter, em especial no Século 20”.
“Essa consciência começou a vir muito forte nos anos de 1930 para cá, evoluiu muito durante a 2ª Guerra Mundial. Se vocês observarem, nós tivemos, naquele período, invernos violentíssimos, batalhas travadas em meio a frios intensos, principalmente na Europa e isso marcou muito o comportamento do ser humano e das nações em busca de melhor compreender quais eram as interações que nós deveríamos ter em relação às mudanças do clima”, disse.