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PEC

Aumento de benefícios salariais para juízes e promotores avança no Senado

Proposta foi aprovada na CCJ e segue para o plenário. Relator afirma que supersalários será pautado em conjunto

Alessandro Vieira, Magno Malta, Rogério Marinho, Marcos Rogério, Jorge Seif, Davi Alcolumbre e Jaques Wagner (de costas) na sabatina de Dino e Gonet na CCJ do SenadoAlessandro Vieira, Magno Malta, Rogério Marinho, Marcos Rogério, Jorge Seif, Davi Alcolumbre e Jaques Wagner (de costas) na sabatina de Dino e Gonet na CCJ do Senado - Foto: Agência Senado

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria um novo benefício salarial para juízes, magistrados e promotores foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta quarta-feira. O texto segue ao plenário da Casa, mas ainda não há previsão de votação. O relator Eduardo Gomes (PL-TO) afirmou que vai realizar ajustes na proposta até a votação final.

O benefício seria um ganho de 5% do salário, e seria pago a cada cinco anos de serviço público, até o limite de 30%. A sugestão é do próprio presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ele, além do relator e aliados, PL dos quinquênios regulamenta o benefício e reorganiza a carreira do judiciário, e justificam que os servidores têm sido assediados pelo setor privado.

– É um escárnio, isso vai virar um trem da alegria, todo mundo vai querer. O texto ainda prevê que os magistrados que tiverem sido advogados poderão contar o tempo de advocacia para a soma do quinquênio – disse Oriovisto Guimarães.

Outro compromisso do relator e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é pautar a proposta ao mesmo tempo que o projeto dos supersalários, que corta penduricalhos do serviço público.

– Não pode ter verba a mais do Estado, isso tem que estar bem claro. Eles vão ter que resolver dentro do judiciário. Mas avalio que os auditores fiscais deveriam ser incluídos – afirmou Omar Aziz

De acordo com a PEC, o quinquênio também vale para aposentados e pensionistas. O avanço é mais uma investida do Congresso que vai de encontro ao objetivo de corte de despesas do governo. O Ministério da Fazenda estima um prejuízo de até R$42 bilhões ao ano se demais categorias ligadas ao judiciário forem incluídas. Mesmo valor é previsto pela Associação dos Funcionários do Ipea.

Entre as emendas, sugeridas e acatadas pelo relator, estão aquelas que estendem o benefício para membros da Advocacia Pública da União, dos Estados e do Distrito Federal. A medida passaria a valer também para integrantes das carreiras jurídicas de todos os Poderes e aos membros da Defensoria Pública. Para o Centro de Liderança Pública (CLP), o impacto poderá ser de R$1,8 bilhões em 2024.

– Não é possível dizer que a PEC 10 vai quebrar o país. Eu votei favorável ao arcabouço fiscal. Temos que discutir um gasto melhor do dinheiro público. Também votei favorável à reforma da Previdência. Nenhuma dessas carreiras contempladas faz parte do trem da alegria, eles prestaram concurso. Temos que debater o funcionalismo público – disse o relator Eduardo Gomes.

O senador Humberto Costa (PT-PE) orientou a bancada contrariamente ao projeto, assim como a liderança de governo. Para membros da Advocacia Pública da União, dos Estados e do Distrito Federal.

Por isonomia, a medida passaria a valer também para integrantes das carreiras jurídicas de todos os Poderes e aos membros da Defensoria Pública.

– Defendemos reajustes a servidores, mas em análises separadas, não em um projeto de penduricalhos – disse.

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