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Babyboomers, millennials e geração Z: quem usa mais o Pix no Brasil na hora de fazer compras?

Gastos com terapias, psiquiatras e psicólogos voltaram a crescer. Produtos de Inteligência Artificial já estão no radar dos brasileiros

PixPix - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O uso do Pix caiu no gosto do brasileiro, mas são os millennials — pessoas nascidas entre 1982 e 1994, também conhecidas como geração Y — os que mais usaram o Pix para a compra de bens e serviços ao longo do ano passado. Nada menos do que 51% das compras feitas por essa turma foram feitas via Pix.

A geração X, que abrange os nascidos entre 1965 e 1981, aparece em segundo lugar: 26% do que foi adquirido por eles em 2023, foi feito usando o meio de pagamento do BC. Os extremos — geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) e os babyboomers (nascidos entre 1945 e 1964) — foram os que menos usaram o Pix: 17% e 6%, respectivamente.

O levantamento mostrou que o uso do Pix para compras de bens e serviços praticamente dobrou em 2023, na comparação com 2022. De acordo com o levantamento do Itaú Unibanco, houve um aumento de 99% nas compras utilizando a modalidade ao longo do ano passado – considerando as transferências feitas de CPF para CNPJ. Do ponto de vista de valor transacionado, houve um crescimento de 55% no tíquete médio, que atingiu R$ 313.

Confira como sua geração usa o Pix

Babyboomers: os nascidos entre 1945 e 1964 foram os que menos usaram o sistema de pagamentos, com apenas 17% das compras

Geração X: inclui os que nasceram entre 1965 e 1981. Já começam a pegar gosto pelo uso do Pix, com 26% das compras feitas com o meio de pagamento lançado pelo Banco Central.

Millennials: também chamada de geração Y, inclui pessoas nascidas entre 1982 e 1994. Fizeram 51% das compras no ano passado com Pix

Geração Z: inclui os mais jovens, nascidos entre 1995 e 2010. Ainda dão os primeiros passos no uso do Pix, usado em 6% das compras

“O Pix tem ocupado cada vez mais espaço na vida dos brasileiros, com um papel complementar ao dos cartões de crédito e débito nas relações de consumo", diz Moisés Nascimento, diretor do Itaú Unibanco, em nota sobre o levantamento.

O estudo do Itaú Unibanco analisou o comportamento de consumo dos brasileiros em 2023, considerando as transações realizadas com cartões de crédito, débito e as compras com Pix feitas por clientes do banco. Considerando as três modalidades, houve crescimento de 14% no total transacionado na comparação com 2022, e de 10% no número de transações.

Os dados mostraram que, no quarto trimestre do ano passado, as compras com cartão de crédito representaram 55% do total. O Pix respondeu por 29% das transações, e o cartão de débito, 16%. O Pix vem ganhando espaço sobre o cartão de débito, mas também sobre o crédito. No último trimestre de 2022, o crédito representava 58% das compras, o Pix 23% e o débito, 18%, mostraram os dados do levantamento.

Gastos com IA e terapia crescem
O levantamento do banco mostra que até mesmo a inteligência artificial já vem ganhando espaço no orçamento dos brasileiros. O total gasto com as versões pagas das principais ferramentas disponíveis de IA cresceu 205% em 2023, com aumento de 642% na quantidade transacionada – e um tíquete médio de R$ 175. Os números consideram apenas as compras realizadas com cartões de crédito.

As pessoas físicas têm gastado mais nesse segmento – em 2023, 54% do valor total gasto e 87% das transações foram feitas por pessoas físicas, enquanto as compras realizadas por empresas representaram 46% e 13%, respectivamente. As empresas, entretanto, gastam mais, com tíquete médio de R$ 598, contra R$ 109 das compras feitas por pessoas físicas.

Gastos com terapias, psicólogos e psiquiatras também cresceram de maneira relevante em 2023, depois de um aumento no período da pandemia. A alta foi de 72% no valor transacionado e de 54% na quantidade de transações, na comparação com 2022, considerando cartões de crédito e Pix.

O pagamento instantâneo tem maior representatividade, com 86% das transações, e puxa a alta, com avanço de 79% no valor transacionado e de 64% no número de transações. O tíquete médio no Pix é de R$ 662, enquanto no crédito é de R$ 384.

As ondas de calor que atingiram o país no ano passado fizeram com que os gastos com compra e manutenção de ar-condicionado crescessem 40% em 2023, com alta de 26% nas transações realizadas.

Pets em alta
O segmento 'pet' também mostrou crescimento no ano passado, mostra o estudo. Os gastos com hotéis e creches para animais, veterinários e pet shops cresceram 20% em 2023, com alta de 8% na quantidade de transações. O crédito ainda representa a maioria dos pagamentos (82%), mas o Pix vem ganhando espaço, com 18% do total.

Os brasileiros também aumentaram seus gastos com prestadores de serviço no passado na comparação com 2022. O segmento que teve maior alta no número de transações foi o de profissionais autônomos com aumento de 36%, seguido de cultura, esporte e lazer, com avanço de 24%. Educação aparece em seguida, com 23%, e locomoção e transporte, com 21%.

Alimentação foi o setor com mais transações em 2023, com 26% do total, incluindo gastos em restaurantes, padarias, lanchonetes, considerando débito, crédito e Pix. Em seguida aparecem as compras em mercados, com 16% de participação; locomoção e transporte, com 8%; postos de combustível, com 7%, profissionais autônomos, com 7%, e drogaria e cosméticos, com 6%.

O setor de turismo também esteve aquecido em 2023, com alta de 28% no valor total gasto pelos brasileiros e 16% na quantidade de transações. No recorte apenas sobre as viagens a lazer realizadas nacionalmente, o Pix ainda tem menor representatividade – 16% das transações – mas puxa a alta, com um crescimento de 59% nas compras relacionadas a turismo sobre 2022.

Considerando os gastos com turismo internacional, o aumento foi semelhante, de 29% no total gasto em viagens fora do país, e de 26% nas transações, considerando as compras feitas com cartão de crédito.

Os Estados Unidos lideram o ranking de consumo entre os brasileiros, com 21% das compras relacionadas ao setor fora do país, a Argentina aparece em segundo, com 9%, Itália com 6%, e Uruguai e Chile, ambos com 5% do total cada, completam o ranking dos cinco primeiros.

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