política monetária

Banco Central divulga Ata do Copom com novas indicações sobe a política de juros

Pelo menos mais dois cortes de juros de meio ponto já estão previstos para as reuniões de dezembro e janeiro

Prédio do Banco CentralPrédio do Banco Central - Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O Banco Central divulgou na manhã desta terça-feira (7) a Ata do Copom com novas indicações sobre a política de juros. No documento, referente à reunião da semana passada que cortou os juros para 12,25%, a autoridade monetária reafirma que os cortes acontecerão em meio ponto nas "próximas reuniões". Com isso, pelo menos em dezembro e janeiro os juros cairão nessa mesma intensidade, para 11,25%.

O BC vem cotando a Selic há três reuniões, desde agosto, após deixar os juros estacionados em 13,75% por um ano. Na última quarta-feira (1°), a redução aconteceu de forma unânime entre os nove diretores do banco. O BC relatou no seu balanço de riscos que o cenário internacional está mais incerto e reafirmou a necessidade de o governo Lula perseguir as "metas fiscais já estabelecidas".

"Tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o Comitê reafirma a importância da firme persecução dessas metas."

A redução dos juros reflete a queda dos índices de inflação no país e também a melhora das expectativas. Conforme o Boletim Focus, o mercado financeiro estima que o IPCA vai encerrar o ano em 4,63%, dentro do limite de tolerância da meta (4,75%). Para 2024, a projeção está em 3,91%, e, para 2025, em 3,5%, também dentro da margem.

Ao justificar a decisão na última semana, o BC destacou que o Copom entende que "essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e o de 2025", diz o texto.

O mercado financeiro estima que a Selic irá terminar 2024 em 9,25% e chegará ao final de 2025 em 8,75%. O risco de alteração da meta fiscal do próximo ano, com um enfraquecimento do arcabouço fiscal, pode fazer com que o BC seja mais conservador ao cortar a Selic a partir de janeiro.

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