Banco do Nordeste disponibiliza R$ 250 milhões para financiar instituições de ensino
Em Pernambuco a expectativa é que sejam investidos mais de R$ 34 milhões
O Banco do Nordeste conta com uma nova frente para atender o setor da educação. Por meio da estratégia BNB +Educação, a entidade vai ofertar produtos voltados ao financiamento de instituições de ensino privadas como forma de melhorar a infraestrutura, gestão e capital de giro. Serão disponibilizados no total R$ 250 milhões, para os próximos 12 meses a empresas com essa atividade em toda área de atuação da instituição, sendo R$ 67 milhões a serem aplicados até o fim de 2022. Somente em Pernambuco foram destinados R$ 34,6 milhões.
A expectativa é de que o banco alcance um mercado potencial de cerca de 105 mil estabelecimentos de formação regular em toda a sua área de atuação. Os recursos para que as empresas que atuam no ramo da educação vão poder construir ou reformar suas unidades, têm como origem o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Os valores contratados podem chegar a 100% do projeto, dependendo do porte e da localização do empreendimento.
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Os financiamentos incluem implantação, modernização, reforma, relocalização ou ampliação dos estabelecimentos de ensino, aquisição de máquinas e equipamentos, móveis e utensílios, inclusive para geração de energia fotovoltaica.
“É uma estratégia que vai financiar desde a educação básica à pós-graduação. Os recursos são oriundos de arrecadação federal que formam o FNE e é gerido pelo BNB, com o objetivo de desenvolver a região. São taxas de juros baixas e prazos longos para financiamento de investimento, como a aquisição do próprio ponto”, conta o presidente do BNB, José Gomes da Costa.
As linhas de crédito e as condições das operações do banco contam com prazo para pagamento de até 15 anos, incluindo carência máxima de cinco anos. Os encargos podem ser pré-fixados (7,53% ao ano ou 0,61% ao mês) ou pós-fixados, que variam de acordo com indicadores como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O gerente do escritório do BNB em Pernambuco, Hugo Luiz de Queiroz, declara que as propostas para financiamento devem ter viabilidade. “O setor tem uma peculiaridade e por isso buscamos taxas mais atrativas. A empresa tem que estar regular e apresentar seu projeto de financiamento para estruturamos uma garantia e assinar o contrato. Vamos trabalhar em função da necessidade de projetos financeiramente viáveis”, declarou.
O que motivou o BNB a direcionar um programa específico para o segmento foi o fato de que o banco de janeiro a agosto deste ano já contratou R$ 83 milhões com empresas do ramo. Desse total, a maior parte, R$ 64,7 milhões, foi para educação básica. Os outros R$ 18,3 milhões foram para o ensino superior.
Para o diretor executivo da Faculdade Nova Roma, Luiz Patrício, as linhas de crédito vão ajudar na readequação econômica do grupo econômico. “É importante porque a educação foi afetada pela pandemia. Entrando nessa recuperação com o fim do isolamento, a atividade sofreu algumas mudanças e as linhas de crédito são fundamentais para reerguer o setor”, disse.