Bares e restaurantes de Pernambuco projetam aumento de 47% no faturamento durante a Páscoa
O levantamento da Abrasel em Pernambuco demonstra que o setor de alimentação fora do lar tem expectativas positivas para a Semana Santa 2025
Mesmo diante das dificuldades financeiras enfrentadas nos meses anteriores, o setor de alimentação fora do lar pernambucano tem expectativas positivas para a Páscoa de 2025. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Pernambuco (Abrasel em PE), 47% dos bares e restaurantes do estado esperam aumento no faturamento durante o período, em comparação com a Semana Santa do ano passado.
As datas comemorativas indicam fôlego para a recuperação do setor, segundo o presidente da Abrasel em Pernambuco, Tony Sousa.
“Os números revelam que o setor, muito sabiamente, continua acreditando no seu potencial de retomada, especialmente diante de datas com forte apelo comercial, como o feriadão de abril. A experiência mostra que a Páscoa deve representar um alívio financeiro para muitos estabelecimentos. Tivemos um fevereiro desafiador, mas o cenário aponta para a recuperação”, afirmou.
De acordo com a Abrasel-PE, entre os estabelecimentos que projetam um aumento, 14% esperam alta de até 5%, enquanto 17% estimam um aumento entre 6% e 10%.
Já 12% preveem um avanço entre 11% e 20%. Com expectativas ainda mais altas, 2% apostam num aumento entre 21% e 30%; e outros 2% estimam aumentar o faturamento acima de 30%.
De acordo com o levantamento, realizado entre 24 de março e 1º de abril, outros 34% acreditam que o faturamento será igual ao de 2024, e apenas 19% estimam faturar menos neste ano.
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Desafios financeiros
A pesquisa revelou oscilações no desempenho financeiro dos bares e restaurantes pernambucanos. De acordo com os dados, 21% das empresas registraram prejuízo em fevereiro – um crescimento de 8 pontos percentuais em relação ao mês anterior.
Ainda assim, 32% dos estabelecimentos fizeram lucro e 46% operaram com estabilidade.
O levantamento também destaca a dificuldade de repasse da inflação aos preços dos cardápios. A pesquisa apontou que 23% dos bares e restaurantes não conseguiram reajustar seus preços nos últimos 12 meses. A maioria (64%) promoveu correções iguais ou abaixo da inflação, enquanto apenas 13% conseguiram aplicar aumentos superiores aos índices inflacionários.
O endividamento é outro ponto sensível: 33% dos estabelecimentos reportaram dívidas em atraso. Entre os principais débitos estão impostos federais (81%), estaduais (65%) e empréstimos bancários (42%).