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Agronegócio

Bayer investe R$ 125 milhões em biotecnologia no Sertão de Pernambuco

Com as instalações já prontas, 100 pessoas foram contratadas para cuidar dos novos espaços

Bayer inaugurou novas áreas de cultivo protegidoBayer inaugurou novas áreas de cultivo protegido - Foto: Rodrigo Barros/Folha de Pernambuco

 A Bayer anunciou investimento de £ 24 milhões (R$ 125 milhões, na conversão direta) para a construção de novos laboratórios, estufas e compra de equipamentos em seu Centro de Desenvolvimento, localizado em Petrolina, Sertão de Pernambuco. Durante o pico das obras das novas instalações, cerca de 200 pessoas estavam envolvidas no projeto. Com a estrutura já pronta, 100 pessoas foram contratadas para cuidar dos novos espaços. 

Inauguradas após o investimento da Bayer, as novas áreas de cultivo protegido são usadas para o cruzamento de soja. São 16 novas estufas, com ambiente controlado que servem para o desenvolvimento de tecnologias do grão. A unidade de Petrolina é responsável pela produção de variedades de soja e híbridos de milho e criação de novas linhagens. 

Para a líder de Operações de Desenvolvimento de Produtos da Bayer em Petrolina, Marijke Daamen, a cidade é um celeiro estratégico para a produção de biotecnologia. "As razões da Bayer vir para Petrolina são as mesmas da fruticultura. O clima é estável, 8° ao sul da linha do Equador, tem temperaturas altas, com um número de hora-luz e disponibilidade de água”, destaca. 

Ainda segundo Marijke, o investimento é o maior da América do Sul na área de pesquisa e desenvolvimento. “A nova área de cultivo protegido será fundamental para centralizar processos antes executados em diversos países”, ressalta Marijke. 

Outra novidade é que a Bayer lançou, neste ano, os dois primeiros híbridos 100% desenvolvidos em Petrolina. "Daqui pra frente, toda semente de milho e soja produzida pela Bayer é pernambucana", conta. 

Para se ter uma ideia da complexidade no processo de produção de um grão de semente, cerca de 13 anos são empregados em todas as fases para chegar a um resultado final. Milhares de testes são realizados e cerca de 55 mil cruzamentos são feitos para que seja produzido o grão ideal. Além disso, há a burocratização que dificulta o processo, que leva, em média, dois anos para aprovação nacional.

Segundo a Bayer, pela proximidade com a região do Vale do São Francisco, isso a coloca em vantagem em relação a outras regiões.

A unidade da Bayer em Petrolina é o maior centro de pesquisa da companhia no hemisfério Sul. O centro tem capacidade para desenvolver soja e milho em todas as semanas do ano para fins científicos e de inovação. A unidade da Bayer em Petrolina foi instalada no ano de 2010 e emprega até 1 mil pessoas no pico da safra. 

*Jornalista viajou a convite da Bayer

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