BC da Argentina fecha operação de US$ 1 bi com 5 bancos para ampliar reservas no país
A perspectiva é de que o Banco Central da República Argentina diminua os riscos que envolvem a implementação dos seus objetivos de política cambial e monetária
O Banco Central da República Argentina (BCRA) informou na sexta-feira (3) que conseguiu fechar um acordo de recompra de US$ 1 bilhão com cinco bancos internacionais para ampliar as reservas internacionais no país.
A autoridade monetária disse, em comunicado, que a operação de recompra passiva (REPO), com títulos BOPREAL Série 1-D, vence em dois anos e quatro meses.
Não foram informados os bancos que participaram da operação.
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Além disso, será paga uma taxa de referência aplicada em empréstimos garantidos com emissão em dólar (SOFR) mais uma sobretaxa (spread) de 4,75%, limitando a operação a uma taxa fixa de 8,8% ao ano.
A recompra é vista pelo banco central como uma forma de administrar sua liquidez em moeda estrangeira a um custo inferior as opções disponíveis no mercado.
"Esta nova ferramenta REPO aumenta a flexibilidade do banco para mitigar desequilíbrios que possam existir entre a oferta e a procura de moedas no mercado cambial local", afirma.
Com isso, a perspectiva é que o BCRA diminua os riscos que envolvem a implementação dos seus objetivos de política cambial e monetária, facilitando a ancoragem das expectativas econômicas
Em 2024, a autoridade menciona que o esforço para aumentar a posição de liquidez das suas reservas permitiu assegurar a normalização dos pagamentos do comércio internacional.
"No mercado de bens, esta melhoria evitou perturbações na cadeia produtiva e mitigou o impacto adverso nos preços internos", diz
O banco ainda relembra que foram recebidas ofertas de US$ 2,8 bilhões no leilão inaugural realizado no dia 27 de dezembro, quase o triplo do montante licitado inicialmente.
Contudo, a autoridade afirma que, diante do excesso de demanda e considerando a "evolução favorável" de suas reservas internacionais, optou por não aceitar um montante maior ao desenhado inicialmente.
"O forte interesse demonstrado pelos principais bancos internacionais reforça o processo de normalização no acesso aos mercados internacionais de crédito, em sintonia com a queda do risco país que acompanha o ordenamento macroeconômico consistente e sustentável", diz o BCRA.