BC não vê resistência de regulados à transição verde, diz chefe-adjunta de departamento
Apesar do engajamento, ela destacou que ainda há desafios nessa transição, incluindo a obtenção de dados para análise de riscos e cenários de estresse
Entidades reguladas pelo Banco Central não têm resistido à transição verde e, pelo contrário, têm demonstrado parceria e engajamento significativos nesse tema, disse hoje a chefe-adjunta do Departamento de Regulação Prudencial da autarquia, Kathleen Krause.
"A gente tem visto um sistema financeiro engajado, porque eles estão vendo que investir na transição é uma oportunidade", afirmou, em evento organizado pela Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac) com apoio do BC.
Leia também
• Banco do Nordeste destaca importância da energia limpa da região no desenvolvimento econômico
• Comércio recua 0,3% em agosto, mas acumula alta em 2024
• B3 informa abertura da 2ª rodada de consulta pública para revisão de regras do novo mercado
Apesar do engajamento, ela destacou que ainda há desafios nessa transição, incluindo a obtenção de dados para análise de riscos e cenários de estresse.
A dificuldade, nesse caso, é que são necessários dados com horizonte de tempo mais longo do que em análises tradicionais, como risco de crédito, e a produção dessas informações é custosa
"As empresas, as pessoas e os bancos precisam se debruçar sobre isso para conseguir mensurar a emissão de carbono, para conseguir definir metas e ser muito responsáveis na definição de metas", afirmou Krause.
"A gente, no BC, está preocupado com isso: divulgação de informação, avaliação de cenários, teste de estresse, mas com seriedade. É difícil, mas tem de ser feito."