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BANCO CENTRAL

BC reduz projeção de PIB de 2025 de 2,1% para 1,9%

No Copom, BC já havia avaliado que a atividade apresentava sinais de "incipiente moderação"

Nova composição do Copom, com Gabriel Galípolo na presidência do BC Nova composição do Copom, com Gabriel Galípolo na presidência do BC  - Foto: Banco Central/Divulgação

O Banco Central manteve a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil este ano em 2,1%. A projeção foi confirmada nesta quinta-feira na primeira edição do Relatório de Política Monetária, criado pelo decreto que alterou o sistema de metas do país para o regime contínuo e que substitui o Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

No comunicado e na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC afirmou que havia sinais de "incipiente moderação" da atividade econômica. O Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2024 ficou aquém do esperado, com avanço de 0,2%. No ano de 2024, o PIB cresceu 3,4%.

 

No documento, o BC afirmou que a desaceleração esperada ante o ano passado continua associada à política monetária mais contracionista, ao menor impulso fiscal, ao reduzido grau de ociosidade dos fatores de produção e à moderação do crescimento global. O órgão ainda destacou que aumentou a incerteza em relação ao cenário base devido a fatores internos e externos.

Segundo o BC, a revisão reflete uma redução no crescimento esperado para os setores mais cíclicos (mais relacionados à situação da economia em geral), parcialmente compensada por um aumento nos demais.

Em relação aos setores cíclicos, a autoridade monetária considerou que a redução no crescimento esperado para 2025 está ligada aos juros reais (descontada a inflação) maiores no primeiro trimestre de 2025 do que o previsto no documento de dezembro.

Já a melhora nas previsões para os setores menos sensíveis ao ciclo econômico deve-se, principalmente, ao aumento nas estimativas de produção agrícola e aos prognósticos mais favoráveis para a produção de petróleo.

"Pelo lado da demanda, continua-se esperando desaceleração relevante no consumo das famílias, na formação bruta de capital fixo (FBCF) e nas importações", destacou o BC.

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