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Ferrovia

Bemisa assumirá obra da Transnordestina

Grande empresa do ramo de mineração formalizou interesse em concluir o Ramal Suape da ferrovia. Negociação com o Estado começou em 2019

As obras da Transnordestina estão atrasadas. Pelo prazo inicial, entrega seria em 2010As obras da Transnordestina estão atrasadas. Pelo prazo inicial, entrega seria em 2010 - Foto: Divulgação

O Grupo Bemisa, um dos maiores do Brasil no ramo de exploração e exportação de minérios, formalizou o interesse em viabilizar a conclusão do Ramal Suape da Ferrovia Transnordestina. A intenção foi registrada junto ao Ministério da Infraestrutura, ontema. A empresa busca instalar um terminal de minério de ferro na Ilha de Cocaia, em Suape, e escoar, via Transnordestina, a produção de suas jazidas localizadas no Piauí. As tratativas entre o Grupo Bemisa e o governo estadual estavam acontecendo desde 2019.

Os detalhes da parceria com a empresa serão divulgados em breve e devem por fim ao impasse gerado após o Governo Federal anunciar que a empresa concessionária  Transnordestina Logística S/A (TSLA), concluiria apenas o trecho de Elizeu Martins (PI) até o Porto de Pecém, no Ceará - 92 quilômetros mais extenso do que o ramal até Suape.

Segundo o governador Paulo Câmara, a negociação do empreendimento com a empresa contou com colaboração de diversos órgãos e entidades.
O ramal ferroviário da Transnordestina que faz a ligação entre Paulistana, no Piauí, e o Porto de Suape, tem 717 quilômetros de extensão. O investimento previsto é de R$ 5,7 bilhões, com a expectativa  de gerar centenas de empregos em Pernambuco.

“Esse é um dia importante para Pernambuco. Aprovamos na Assembleia Legislativa a PEC que estabelece a competência estadual para explorar os serviços ferroviários e fizemos uma grande mobilização, com nossa bancada federal, junto ao empresariado e demais interlocutores. Assim, conseguimos chegar a um bom termo”, declarou.

Próximas decisões
Por meio de nota, a Bemisa informou que definirá os próximos passos dos estudos da ferrovia, que terá um novo projeto, diferente do que a antiga empresa concessionária da obra, a TLSA, tinha estruturado. Com o estudo em mãos, a Bemisa “vai atrás” do valor do investimento.

“Este projeto, que depende da logística ferroviária para ser viabilizado, poderá ser integrado com mina, ferrovia e porto. O Projeto Planalto Piauí possui mais de 1 bilhão de toneladas de minério de ferro magnetítico certificadas e movimentará 16 milhões de toneladas por ano”, disse a empresa em nota.

Traçado da ferrovia
A empresa TLSA, que era responsável pela concessão, não  concluirá o ramal da Transnordestina que vai da cidade de Salgueiro até o Porto de Suape. Em julho, o Governo Federal, através do Ministério da Infraestrutura, confirmou que só será concluído o ramal de Salgueiro até o Porto de Pecém, próximo à cidade de Fortaleza. O Governo de Pernambuco foi atrás de um novo investidor para o empreendimento. A ferrovia começa na cidade de Eliseu Martins, no Piauí, e segue até Salgueiro, quando se divide nos dois ramais, sendo um de Curral Novo até o Porto de Suape. As obras estão atrasadas, pois, inicialmente, deveriam ter sido  concluídas em 2010.

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