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Bill Gates e CEOs da Lego e da BYD: veja quem são os titãs do clima segundo a revista Time

Também fazem parte da lista o ministro da Economia do Brasil, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga

Bill Gates (esq), Wang Chuanfu, da BYD (centro) e Niels Christiansen, da Lego (dir) estão na lista das 100 maiores influências climáticas do mundo da revista TimesBill Gates (esq), Wang Chuanfu, da BYD (centro) e Niels Christiansen, da Lego (dir) estão na lista das 100 maiores influências climáticas do mundo da revista Times - Foto: Reprodução

A Time divulgou nesta terça-feira a lista das 100 maiores influências do mundo em 2024 quando se trata de questões climáticas. Além do ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, são citados o fundador da Microsoft, Bill Gates, os CEOs da Lego e da montadora chinesa de carros elétricos BYD, e o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga.

A revista afirma que as finanças são o tema climático de 2024 e por isso reuniu os principais líderes influentes em negócios voltados ao clima.

Ao formar a lista 'TIME100 Climate 2024', que será destaque da edição que será publicada no dia 25 deste mês, a revista americana destacou que, ''ao redor do mundo, tomadores de decisão, executivos, pesquisadores e inovadores estão trabalhando para ajudar a liberar os recursos e financiamentos necessários para impulsionar uma ação climática bem-sucedida e justa''.

Confira abaixo os 'titãs' do clima no mundo dos negócios em 2024:

Ajay Banga, presidente do Banco Mundial
Banga assumiu o cargo em 2023 após seu polêmico predecessor, David Malpass, ser forçado a renunciar após comentários controversos que pareciam questionar a ciência das mudanças climáticas. Muitos ambientalistas pediram uma reformulação completa do Banco Mundial e de outras instituições financeiras internacionais.

Segundo a Times, sob sua liderança, o banco adicionou o clima à sua missão. Para implementar sua agenda, Banga, que estará na capa da edição de novembro da revista, promoveu uma série de reformas aparentemente pequenas, mas que podem ter um grande impacto na aceleração da ação climática global e na integração com a agenda de desenvolvimento do banco. Uma de suas ações foi ajustar as regras sobre quanto o Banco Mundial pode emprestar, liberando espaço para financiar mais projetos climáticos. Também buscou integrar a mudança climática em outros programas de desenvolvimento, desde a agricultura até a educação.

Bill Gates, fundador da Microsoft
A Time ressalta que Bill Gates, criador da Microsoft, está totalmente empenhado na questão de energia nuclear. Há 16 anos, ele fundou a TerraPower com um objetivo de revolucionar o sistema energético dos Estados Unidos e combater as mudanças climáticas.

Em seu texto, a revista ressalta que a empresa faria isso com uma solução aparentemente simples: trocar a água por sódio líquido como agente principal de resfriamento do reator. Neste verão no hemisfério norte, a TerraPower deu início à construção de sua primeira usina, na qual Gates investiu US$ 1 bilhão.

A Time destaca que a usina da TerraPower será menor que as instalações nucleares tradicionais e, espera-se, mais segura. Isso porque o ponto de ebulição do sódio é oito vezes maior que o da água, o que significa que ele pode transferir calor de forma mais eficiente do núcleo do reator. Ele também apresenta menor risco de explosão em comparação com a água, pois pode operar em níveis de pressão mais baixos. Em junho, a empresa iniciou as obras do que pode ser o primeiro reator do mundo a testar essa tecnologia. Se tudo correr conforme o planejado, a usina será inaugurada em 2030, aponta a Time.

Niels Christiansen, CEO do Grupo Lego
Poucos executivos provavelmente recebem tantas cartas e e-mails de crianças quanto Niels Christiansen, CEO da LEGO, destaca a Time no texto de apresentação do empresário. E, nos últimos anos, um tema é recorrente nessas cartas; a preocupação das crianças com o meio ambiente.

De acordo com a revista, atualmente, não exista uma ameaça maior ao meio ambiente do que o uso contínuo de combustíveis fósseis, como o petróleo – um componente-chave nos icônicos tijolos de plástico da Lego. Mas talvez isso não dure por muito tempo, ressalta a Time em seu texto.

Isso porque, este ano, Christiansen anunciou que a empresa começou a fabricar peças com um novo tipo de plástico, composto parcialmente por materiais renováveis ou reciclados, como óleo de cozinha usado. O problema é que essa resina renovável está em quantidade limitada, e a empresa só consegue adquirir uma quantidade pequena até que os produtores aumentem a produção. Além disso, está pagando até 60% a mais por esse plástico ecológico em comparação com a alternativa feita exclusivamente de combustíveis fósseis, na esperança de estimular a demanda e impulsionar o mercado.

Ainda de acordo com a revista, no primeiro semestre de 2024, a Lego aumentou em 83% o uso de materiais renováveis em seus produtos em comparação a 2023. Também foi a primeira vez em seus 92 anos de história que a empresa dissociou seu crescimento do uso de materiais à base de combustíveis fósseis.

Wang Chuanfu, fundador e CEO da BYD
Em 1995, Wang Chuanfu fundou a BYD — abreviação de "Build Your Dreams" ("Construa Seus Sonhos") — como uma empresa de fabricação de baterias. Trinta anos depois, a BYD se tornou um dos maiores fabricantes de EVs do mundo, vendendo mais de 3 milhões de veículos somente em 2023, aponta a Time.

A revista lembra que, sob a liderança de Wang Chuanfu, os avanços da BYD em tecnologia de baterias posicionaram a montadora chinesa como uma campeã global em veículos elétricos (EV), destacando seu compromisso com o transporte verde acessível e confiável.

Mesmo sem conseguir entrar no mercado americano devido a tarifas, a empresa se tornou um grande player internacional, em grande parte graças à sua famosa “bateria blade.” Celebrada por ser mais acessível, segura e duradoura do que as baterias concorrentes, a bateria blade redefiniu os padrões da indústria e atraiu importantes adotantes, entre eles a Tesla, de Elon Musk.

A Time destaca que parte da força da BYD também vem do fato de que a cadeia de suprimentos verticalmente integrada da empresa permite controlar quase todas as etapas da produção — desde a mineração de minerais brutos até a fabricação de chips para carros — protegendo-a de choques no mercado externo.

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