Bluesky: Vídeos chegarão em breve na plataforma, mas "trending topics" ainda estão em fase de estudo
Usuários brasileiros têm feito apelos aos funcionários da plataforma para que implementem novos recursos. Marca registrada do Twitter, tópicos do momento devem levar mais tempo
A Bluesky, rede social que chegou a um milhão de contas depois do bloqueio X (antigo Twitter), corre para atender os anseios dos usuários brasileiros.
Os internautas têm feito apelos aos funcionários da plataforma para que implementem novos recursos - desde os mais básicos, como vídeos, até outros semelhantes aos do antigo Twitter, como os Trending Topics (que reúne os assuntos do momento).
A plataforma se mostra comprometida em atender os anseios do público brasileiro. Os pedidos vindos do Brasil são tantos que o americano Paul Frazee, um dos desenvolvedores da rede social, fez um comunicado em português na plataforma.
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"Para as pessoas que perguntam: O vídeo em @bsky.app está nos estágios finais do desenvolvimento e não deve estar longe (de ser lançada). Ainda não tenho uma resposta 100% sobre tópicos de tendência, mas estou escrevendo uma proposta de como poderíamos implementá-la", escreveu Frazee.
Os Trending Topics - tópicos do momento - se tornaram a marca registrada do Twitter desde 2014, quando a ferramenta entrou em vigor. O recurso permitia que os usuários se atualizassem de forma rápida sobre os assuntos que dominvam as conversas em tempo real, podendo inclusive selecionar o país.
Mas desde que a rede social X saiu do ar, internautas se sentem "órfãos" de recursos que até então só existiam na plataforma. O Instagram e o TikTok, por exemplo, não possuem uma categoria que reúna os principais assuntos do momento com a mesma facilidade que o X oferecia.
Em 31 de agosto, dia em que o X começou a ser suspenso no Brasil, o desenvolvedor Frazee escreveu em seu perfil na Bluesky que a plataforma estava implementando mais servidores para dar conta da lentidão do carregamento das imagens.
"Adicionamos mais servidores de imagem. Espero que isso conserte os tempos de carregamento lentos para imagens", disse Frazee.
Plataforma "aberta"
Diferente do X, que era centralizado e foi comprado pelo bilionário Elon Musk em 2022, a Bluesky defende o conceito de plataforma aberta. Em outras palavras, busca promover um espaço com abordagem mais coletiva, em que outras pessoas e desenvolvedores possam criar suas próprias versões e aplicativos baseados nesse sistema mais descentralizado.
O objetivo é que o protocolo da plataforma seja aberto e acessível, garantindo que ninguém seja o detentor da mídia social - nem mesmo os próprios criadores do Bluesky.
"Fomos criados com esse objetivo: garantir que ninguém monopolize as mídias sociais, incluindo nós. (...) Vocês não são "nossos" usuários; vocês são parte de um lugar compartilhado", disse o desenvolvedor Frazee, em uma de suas postagens na rede social.
A Bluesky foi criada a partir de um projeto do Twitter encabeçado por Jack Dorsey, ex-CEO do Twitter, um dos principais apoiadores e investidores da iniciativa. Mas ao longo do tempo saiu do guarda-chuva do Twitter e se tornou uma organização independente.
A rede social faz parte do "The Atmosphere", uma tecnologia que permite que os usuários possam criar múltiplas versões da Bluesky e de outros aplicativos social.