BNB deve investir R$ 6 bilhões em Pernambuco até o final do ano
Em visita à Folha de Pernambuco, o superintendente, Hugo Queiroz, deu detalhes sobre a execução orçamentária
O superintendente do Banco do Nordeste em Pernambuco, Hugo Queiroz, falou ontem (14) sobre a execução orçamentária da instituição neste ano de 2024 e os projetos prioritários voltados ao desenvolvimento do Estado durante visita realizada à Folha de Pernambuco. Ele foi recebido pelo diretor Executivo, Paulo Pugliesi; pela diretora Administrativa, Mariana Costa; e pela editora-chefe, Leusa Santos.
Queiroz, que estava acompanhado da assessora de comunicação, Etiene Ramos, ressaltou, por exemplo, que até o final do ano a Superintendência do BNB no Estado deve alcançar a marca de R$ 6 bilhões em operações de financiamento para os mais diversos setores.
Desse total, R$ 1 bilhão em créditos serão contratados através do programa de microcrédito produtivo, o Crediamigo. Outros R$ 1 bilhão deverão ir para o microcrédito rural, denominado Agroamigo.
Esses valores chegam a ser até maiores do que o previsto inicialmente para este ano e, um dos motivos, seria a ampliação da rede de atendimento do BNB no Estado que passará de 40 postos para 73 até dezembro. “Estamos falando de operações em que, no caso do Crediamigo, envolvem um valor médio de apenas R$ 2 mil”, ressaltou o superintendente.
Ou seja, milhares de empreendedores serão beneficiados pela linha que foi criada há 25 anos. Em relação ao Agroamigo, a média das operações é de R$ 6 mil. Ele lembra que esses programas mantém um índice de inadimplência muito baixo, tendo chegado a aumentar no auge da pandemia, mas já está próximo aos índices do período anterior.
“Os pequenos investidores são o nosso carro-chefe. É importante ressaltar sempre o impacto social dessas operações”, lembrou ele, ressaltando que o BNB, muitas vezes, é o único que fornece crédito a essa parcela da população”, explicou, lembrando que há taxas diferenciadas, inclusive, para mulheres empreendedoras.
Fontes
Dos R$ 6 bilhões a serem investidos este ano, R$ 5 bilhões são oriundos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). O restante vem de outras fontes, incluindo recursos próprios. Mas o banco vem trabalhando para diversificá-las através de agências multilaterais como foi o caso de um convênio com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) voltado para desenvolvimento de projetos de energia sustentável.
Segundo Queiroz, em relação ao FNE, por exemplo, 60,5% dos recursos precisam, obrigatoriamente, ser destinados aos empreendimentos enquadrados como de micro a pequeno porte. Com isso, o orçamento voltado a grandes projetos é menor do que a demanda existente.
“Até 2018, a gente tinha sobra de FNE, hoje isso não acontece mais”, conta Hugo que é funcionário de carreira do banco. Ele explica como é possível beneficiar quem procura o BNB mesmo que não usando só o FNE que é a linha mais barata existentes. “No caso da AFD, por exemplo, cujo o custo da operação é equivalente ao praticado atualmente no mercado, podemos fazer uma composição com recursos do FNE para reduzir esses custos e continuar vantajoso para o empreendedor”, argumentou.
O superintendente completou ainda dizendo que o BNB tem trabalhado para estruturar uma futura operação com títulos verdes – regulamentados recentemente e que correspondem a instrumentos financeiros utilizados para levantar capital com o objetivo específico de financiar projetos e atividades que tenham benefícios ambientais