BNDES não tem tamanho para interferir na potência da política monetária, diz Mercadante
Banco responde por apenas 1,3% do crédito nacional
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse nesta segunda-feira (29), que o banco responde por apenas 1,3% do crédito nacional e, por isso, não teria tamanho para interferir nos rumos da política monetária.
Ele aproveitou para voltar à carga contra a condução do Banco Central e disse esperar que a taxa básica de juros seja reduzida em 0,5 ponto porcentual ao fim da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima quarta-feira, 31.
"Espero que a taxa de juros caia mais meio ponto porcentual na quarta-feira. E dava para ter caído mais cedo", disse. Mercadante falou a jornalistas antes de deixar encontro do grupo empresarial B20, ligado ao G20, no Rio de Janeiro.
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"Qual é o peso do BNDES para o volume de crédito do país? 1,3%. Em economia, o rabo não abana o cachorro. Nós não temos tamanho para interferir na potência da política monetária".
Mercadante fez o comentário em resposta às críticas de analistas para os quais o aumento do crédito pretendido pelo Banco poderia frear a trajetória de queda da taxa básica de juros (Selic) à frente. Ele observou que essa leitura tanto não teria procedência, que os juros da economia vêm caindo e poderiam ter começado a cair mais cedo em sua visão.
Questionado sobre a volta de subsídios e crédito direcionado, o presidente do BNDES minimizou. Disse que o volume de crédito subsidiado no universo de financiamentos do Banco é "muito pequeno". Segundo ele, a taxa TR (taxa referencial) para inovação vai representar somente R$ 5 bilhões ao ano. As taxas subsidiadas, apontou Mercadante, representam apenas 19% das operações atuais do BNDES.