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Organizações

BNDES ouve demandas de organizações que atendem comunidades do Recife e Região Metropolitana

O foco da ação, intitulada de Caravana BNDES Periferias, é ouvir as prioridades e direcionar futuras ações sociais do Banco

BNDES faz escuta ativa com organizações que atendem comunidades do Recife e Região MetropolitanaBNDES faz escuta ativa com organizações que atendem comunidades do Recife e Região Metropolitana - Foto: Rafael Melo/Folha de Pernambuco

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realizou, nesta quarta-feira (30), uma reunião com organizações da sociedade civil que atendem comunidades do Recife e Região Metropolitana. O foco da ação, intitulada de Caravana BNDES Periferias, é ouvir as demandas dessas entidades para direcionar futuras ações sociais do Banco. 

A Caravana teve a sua primeira parada no Compaz Ariano Suassuna, na Zona Oeste da capital pernambucana e contou com a participação da Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das Cidades. No dia 6 de novembro, o Banco estará em Salvador, na Bahia. 

De acordo com a chefe do Departamento de Inclusão Produtiva e Educação do BNDES, Celina Tura, nesse primeiro momento, o foco é em cidades do Norte e Nordeste. A ação vai dar insumos ao Banco para novos editais e chamadas públicas, a partir do próximo ano, dentro do BNDES Periferias.

 Chefe do Departamento de Inclusão Produtiva e Educação do BNDES, Celina Tura. Foto: Rafael Melo/Folha de Pernambuco

“A Caravana BNDES Periferias é um momento que a gente está aqui para ouvir as organizações que atuam nas favelas e periferias urbanas para aprender com elas e pensar novas ações, espaços de atuação do BNDES”, destacou. 

Durante o evento, foi realizada uma dinâmica com as organizações presentes, segundo Juliana Cypriano, gerente da mesma área. 

Gerente do Departamento de Inclusão Produtiva e Educação do BNDES, Juliana Cypriano. Foto: Rafael Melo/Folha de Pernambuco

“A gente fez uma dinâmica primeiro para as organizações pensarem nos problemas que afetam cada uma, com uma discussão entre elas para uma troca, com o Banco tendo um representante em cada grupo participando dessa escuta ativa. Depois a gente realizou uma outra dinâmica no qual cada grupo discutiu potencialidades e possíveis ações para a resolução daquelas dificuldades que cada organização enfrenta no seu dia a dia”, disse. 

Integração 
A fundadora da Associação Gris Espaço Solidário, Joice Paixão, foi uma das convidadas da Caravana. Ela evidenciou que foi importante encontrar outras organizações e movimentos conhecidos. 

“A gente precisa que eles escutem quais são as demandas reais. Muitas vezes, quem está fora do território, quem não tem atuação na ponta, funciona dentro de um tipo ideal e a gente está fazendo esse processo de troca para encontrar um meio de caminho comum, que seja interessante para o que o Banco pretende em termos de editais e financiamentos e que a gente consiga acessar gente que está na outra ponta, no território”. 

Fundadora da Associação Gris Espaço Solidário, Joice Paixão. Foto: Rafael Melo/Folha de Pernambuco

Com atuação em uma comunidade que vive às margens do Rio Capibaribe, no bairro da Várzea, na Zona Oeste do Recife, a associação atende diretamente 43 crianças e cerca de 50 mulheres. De forma indireta, com ações realizadas nas ruas, são aproximadamente 300 pessoas assistidas. 

A organização atua, prioritariamente, com mulheres, crianças, adolescentes e jovens. São promovidas ações voltadas para os braços pedagógico e formativo; estruturação e saúde, pensando na saúde física e mental; e assistencialismo, além da atuação na incidência política das pautas ambientais. 

“Como lá foi uma região que foi muito afetada pelas enchentes, tiveram locais que o rio subiu quase cinco metros, então a gente tem feito esse trabalho de incidência política e tem feito parte da coordenação da Rede Gera, rede de governança para enfrentamento ao racismo ambiental. Elaboramos um plano comunitário de adaptação e mitigação dos efeitos das chuvas e das enchentes dentro da comunidade”, reiterou. 

Editais
A primeira chamada pública para apoiar projetos que fomentem o empreendedorismo em territórios periféricos urbanos foi lançada em março deste ano, com a destinação de até R$ 100 milhões, sendo R$ 50 milhões de recursos não reembolsáveis do Fundo Socioambiental do BNDES e o restante dos parceiros na iniciativa.  

A segunda chamada pública, também com até R$ 100 milhões, foi lançada no início de outubro e está com inscrições abertas até 31 de janeiro de 2025, no site do Banco

Podem participar entidades privadas sem fins lucrativos, atuando em rede ou não, que tenham experiência na implantação e operação de projetos similares nos territórios contemplados pela iniciativa. Serão apoiadas propostas de favelas e comunidades periféricas dos municípios do Programa Periferia Viva do Ministério das Cidades.

Neste segundo ciclo, além de beneficiar negócios de mulheres e jovens na seleção, o BNDES adotou o critério de diversidade racial, beneficiando entidades com 30% ou mais pessoas autodeclaradas negras em sua gestão.

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