Logo Folha de Pernambuco

aviação

Boeing vai demitir mais de 2.500 trabalhadores nos EUA para cortar custos, diz agência

Demissões fazem parte do plano de redução de 17 mil postos de trabalho a nível mundial, o que representa 10% da força de trabalho da fabricante de aeronaves

Sede da BoeingSede da Boeing - Foto: Justin Tallis/AFP

A Boeing vai demitir mais de 2.500 trabalhadores nos estados americanos de Washington, Oregon, Carolina do Sul e Missouri, como parte do plano da fabricante de aeronaves de cortar 17 mil postos de trabalho, o que representa 10% de sua força de trabalho global.

De acordo com agência Reuters, que cita documentos divulgados na segunda-feira (18) e um representante sindical, cerca de 2.200 notificações de demissão foram enviadas a trabalhadores em Washington e outras 220 na Carolina do Sul, os dois estados onde a Boeing fabrica aviões comerciais.

Os trabalhadores afetados começaram a ser notificados na quarta-feira da semana passada que continuarão na folha de pagamentos da Boeing até 17 de janeiro, para, segundo a Reuters, cumprir os requisitos federais que exigem que os funcionários sejam avisados com pelo menos 60 dias de antecedência antes de seus contratos serem encerrados.

Procurada pela equipe de reportagem, a Boeing se recusou a comentar sobre as demissões.

A notícia de que a Boeing enviaria o aviso de Ajuste e Requalificação de Trabalhadores (WARN, na sigla em inglês) em meados de novembro já era amplamente esperada. Outra rodada de demissões está prevista para dezembro, aponta a Reuters, acrescentando que a fabricante pode ainda recorrer à redução natural do quadro de funcionários, contratações seletivas e venda de subsidiárias para reduzir a força de trabalho.

No mês passado, o novo CEO da Boeing, Kelly Ortberg, afirmou que a empresa não pretende demitir "pessoas da produção ou dos laboratórios de engenharia". No entanto, várias centenas de engenheiros e trabalhadores da produção estavam entre os que receberam os avisos de demissões na semana passada.

A notícia sobre as demissões ocorre no momento em que a Boeing tenta reiniciar a produção do 737 MAX, seu modelo mais vendido, após uma greve de mais de 33 mil trabalhadores da Costa Oeste dos EUA que durou semanas ter interrompido a produção da maioria de seus jatos comerciais. A greve, considerada uma das paralisações trabalhistas mais financeiramente danosas dos Estados Unidos em décadas, começou em 13 de setembro, após o sindicato rejeitar a primeira proposta da empresa.

Veja também

Campos Neto diz discordar que crescimento do PIB decorre só de efeito da expansão fiscal
COPOM

Campos Neto diz discordar que crescimento do PIB decorre só de efeito da expansão fiscal

Honda ZR-V Touring: testamos o SUV que tem alma de sedan; confira detalhes
FMotors

Honda ZR-V Touring: testamos o SUV que tem alma de sedan; confira detalhes

Newsletter