Bolsa Família ampliado começa a ser pago nesta segunda-feira; veja como calcular o benefício
Valor médio ai aumentar para R$ 705. Repasses para o programa são os maiores já realizados: quase R$ 15 bilhões
A partir desta segunda-feira (19), o benefício médio do Bolsa Família vai aumentar, passará de R$ 672 para R$ 705,40. O novo valor está em um decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última sexta-feira.
Os pagamentos têm início nesta segunda para beneficiários com final 1 no Número de Identificação Social (NIS), e seguem até o dia 30. Os repasses do governo federal para o programa são os maiores já realizados: quase R$ 15 bilhões.
No mesmo calendário do Bolsa Família, o governo pagará, em junho, o Auxílio Gás. Beneficiários em maior condição de vulnerabilidade social receberão R$ 109. Serão atendidas cerca de 5,62 milhões de famílias.
No caso do Bolsa Família, o decreto presidencial estabelece que:
O governo passará a pagar R$ 142 por integrante de cada família.
Em lares com menos de quatro pessoas, o valor mínimo de R$ 600 será garantido.
Somado a isso, continuarão a ser pagos R$ 150 por criança entre zero e sete anos incompletos.
Também será pago um adicional de R$ 50 por gestante, criança ou adolescente entre sete e 18 anos incompletos.
O aumento no valor médio e no total de repasses (no mês passado, R$ 14,1 bilhões) se deve à estreia de uma nova categoria do programa.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, o total de famílias contempladas pelo programa se manteve no mesmo patamar de maio: 21,2 milhões. Já o número de pessoas atendidas supera 54 milhões.
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Nordeste concentra beneficiários
Dados do governo federal mostram que o Nordeste concentra o maior número de beneficiários. Em junho, mais de 9,74 milhões de famílias da região recebem o auxílio no valor médio de R$ 696,76. Serão destinados aos nove estados R$ 6,79 bilhões.
O Sudeste está em segundo lugar, com 6,32 milhões de famílias contempladas de quatro estados. Serão transferidos R$ 4,42 bilhões, que asseguram um valor médio de R$ 700,26.
O Norte reúne 2,58 milhões de famílias no programa. Elas recebem um benefício médio de R$ 740,37 (o maior do país), distribuído em todos os 450 municípios dos sete estados, com um aporte de R$ 1,9 bilhão.
O Sul soma 1,42 milhão de famílias beneficiárias. Os recursos, de R$ 1,01 bilhão, chegam aos 1.191 municípios e asseguram um valor médio de R$ 711,28.
Já a Região Centro-Oeste tem 1,13 milhão de famílias contempladas, a um custo de R$ 814,92 milhões. O benefício médio a ser pago em todos os 466 municípios dos quatro estados, além do Distrito Federal, é de R$ 721,16.
Por estado, São Paulo é a unidade da federação com maior número de famílias assistidas. São 2,575 milhões, com repasses superiores a R$ 1,82 bilhão e benefício médio de R$ 707,27.
Na sequência aparece a Bahia, com 2,569 milhões de famílias contempladas, resultado de um investimento superior a R$ 1,76 bilhão. Elas recebem um benefício médio de R$ 688,78. Apenas São Paulo e Bahia têm mais de dois milhões de famílias contempladas em todo o país.
No programa, 17,3 milhões de famílias têm como responsável familiar uma mulher (81,5%). No recorte por raça ou cor, 40 milhões de pessoas beneficiárias se identificam como pretas ou pardas, ou 73,4%.