Bolsa tem recuperação fraca com mercado atento ao Auxílio Brasil
A Bolsa de Valores brasileira subiu 0,10%, a 110.786 pontos, nesta quarta-feira (20), longe de recuperar as perdas de 3,28% da véspera geradas pela pressão do presidente Jair Bolsonaro
A Bolsa de Valores brasileira subiu 0,10%, a 110.786 pontos, nesta quarta-feira (20), longe de recuperar as perdas de 3,28% da véspera geradas pela pressão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para que as parcelas do novo Bolsa Família, o Auxílio Brasil, sejam elevadas de R$ 300 para R$ 400, acrescentando cerca de R$ 30 bilhões em despesas à União acima do teto de gastos.
O dólar recuou 0,58%, a R$ 5,5620, anulando apenas parcialmente o forte ganho da véspera, quando o mercado de câmbio também refletiu os temores da ameaça fiscal representada pela intenção do governo em aumentar os gastos com a aproximação da corrida eleitoral de 2022. Nesta terça (19), o dólar saltou 1,35%, a R$ 5,59, máxima de fechamento desde 15 de abril (R$ 5,62).
Nesta quarta, o Banco Central voltou a vender lotes de contratos de swap cambial tradicional em dois leilões, um extraordinário e outro previsto em calendário, despejando no mercado futuro o equivalente a US$ 1,2 bilhão (R$ 6,6 bilhões).
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Nos Estados Unidos, os índices Dow Jones e S&P 500 avançaram 0,43% e 0,37%, impulsionados por empresas divulgando balanços acima das expectativas dos analistas. O Nasdaq fechou em leve queda de 0,05%.
O petróleo Brent, referência mundial, subiu 0,85%, a US$ 85,80 (R$ 476,31). Os preços da commodity saltaram com a divulgação de dados que mostram que o principal estoque dos Estados Unidos atingiu seu nível mais baixo em três anos.