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Bolsas da Europa fecham em alta, com chance de menos tarifas por Trump e entusiasmo com techs

Em Londres, o FTSE 100 teve ganhos mais contidos, subindo 0,31%, a 8.249,66 pontos

As bolsas da Europa fecharam em altaAs bolsas da Europa fecharam em alta - Foto: Pexels

As bolsas da Europa fecharam na maioria em alta nesta segunda-feira, 6, com a possibilidade de tarifas menos agressivas na administração do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, apoiando ativos de risco, com destaque para as montadoras.

Outro setor que ganhou impulso foi o de tecnologia, em meio a um renovado entusiasmo com as perspectivas para a inteligência artificial. Entre os indicadores, o destaque foi a publicação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Alemanha, que veio acima do esperado.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,94%, a 512,96 pontos.

O Washington Post publicou que assessores de Trump estão explorando planos tarifários que seriam aplicados a todos os países, mas cobririam apenas importações críticas em alguns setores, citando três fontes. Se implementados, os planos emergentes moderariam os elementos mais abrangentes das propostas de campanha de Trump.

O republicano negou as informações, e disse que se tratam de "fake news".

Ainda assim, o setor automotivo europeu fechou o dia com fortes altas, como no caso da Stellantis, que subiu 3,91% em Milão, onde o FTSE MIB avançou 1,91%, a 34.780,81 pontos. Em Frankfurt, a Daimler Truck teve alta de 5,79%, enquanto o DAX avançou 1,53%, a 20.209,98 pontos.

Em Madri, o Ibex35 subiu 1,30%, a 11 803,50 pontos. Fora da zona do euro, em Londres, o FTSE 100 teve ganhos mais contidos, subindo 0,31%, a 8.249,66 pontos.

O CPI na Alemanha acelerou à taxa anual de 2,6% em dezembro, de 2,2% em novembro. O resultado superou a previsão de analistas consultados pela FactSet, que era de avanço de 2,4%.

A leitura traz de volta à tona o fantasma da estagflação, alerta o ING. O fenômeno consiste em um cenário de inflação em alta combinado a crescimento econômico enfraquecido.

O banco holandês atribui a persistência inflacionária à dissipação dos efeitos favoráveis da queda dos preços de energia e ao avanço dos salários. Mesmo assim, o ING prevê que o Banco Central Europeu (BCE) vai ignorar o dado e continuar cortando juros.

A maior alta entre os principais índices foi em Paris, observando ainda o tema do orçamento nacional. O CAC 40 avançou 2,24%, a 7.445,69 pontos. Em entrevista à France Inter, o ministro da Economia da França, Éric Lombard, afirmou que, enquanto é aguardada a votação de um orçamento, "não podemos iniciar novos projetos, novas políticas".

"É imperativo mudar nossa trajetória", disse sobre a alta da dívida francesa. O ministro acrescentou que o novo governo "visa um déficit entre 5 e 5,5% para 2025", com "um pouco mais de flexibilidade do que o que o governo de Michel Barnier tinha planejado".

A exceção das altas ocorreu em Lisboa, onde o PSI20 caiu 0,15%, a 6.435,22 pontos. A Galp caiu 0,47, seguindo a notícia de que o seu CEO, Filipe Silva, está sendo investigado internamente devido a uma denúncia sobre alegados conflitos de interesse.
 

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