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Bolsas da Europa fecham em alta, com convicção em corte de juros do BCE

A taxa de desemprego na zona do euro bateu nova mínima recorde, ao recuar de 6,5% em março a 6,4% em abril

Banco Central Europeu (BCE) Banco Central Europeu (BCE)  - Foto: AFP

As bolsas da Europa fecharam em alta na sessão desta quinta-feira, corrigindo perdas dos últimos dois dias. Dados divulgados hoje pintaram um quadro de melhora no sentimento na zona do euro, e sem mudar a convicção inabalável de que o Banco Central Europeu (BCE) cortará juros na semana que vem. Nesse contexto, o alívio nos juros dos bônus de países da região deu munição extra ao investidor.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou em alta de 0,59%, aos 8.231,05 pontos. Em Paris, o CAC 40 subiu 0,55%, aos 7 978,51 pontos. Em Milão, o FTSE MIB avançou 0,87%, aos 34.447,57 pontos. Em Madri, o Ibex 35 ganhou 1,73%, aos 11.338,20 pontos. E em Lisboa, o PSI 20 teve elevação de 0,61%, aos 6.839,50 pontos. As cotações são preliminares.
 

A taxa de desemprego na zona do euro bateu nova mínima recorde, ao recuar de 6,5% em março a 6,4% em abril. Já o índice de confiança do consumidor subiu de -14,7 em abril a -14,3 em maio, em linha com as projeções. O sentimento econômico, por sua vez, subiu de 95,6 a 96,0 no mês, aquém da expectativa de 96,3, de analistas ouvidos pela FactSet. No geral, são sinais positivos para a tépida economia europeia.

"Os dados de hoje estão em linha com os índices de gerentes de preços (PMIs) recentes, sugerindo que a recuperação da zona do euro está ganhando força, embora de forma ligeiramente desigual", comentou a Oxford Economics, em relatório.

Mas nada que pareça ter o poder de demover as autoridades de iniciarem o ciclo de relaxamento monetário em junho. "O BCE deverá reduzir juros na próxima semana", afirmou a Nordea, em nota a clientes. "Com as projeções da equipe provavelmente mostrando uma inflação em linha com a meta, novos cortes parecem prováveis no futuro, desde que os dados recebidos confirmem o cenário-base do BCE."

O pregão na Alemanha foi mais volátil, com a cautela não apenas pelo CPI da zona do euro e o PCE dos EUA amanhã, mas também pelos números do varejo alemão - todos previstos para amanhã. A bolsa de Frankfurt operou em baixa durante parte do dia, à medida que, segundo o City Index, a narrativa de taxas altas por mais tempo nos EUA deprimia o apetite por risco. O DAX fechou em alta de 0,22%, aos 18.514,08 pontos.

Entre ações de destaque, a mineradora Anglo American subiu 1,21% em Londres, após a rival australiana BHP anunciar ontem que desistiu de fazer novas ofertas para comprá-la. A concorrente Antofagasta caiu 2,8%, também em meio à desvalorização do cobre.

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