Bolsas da Europa fecham em alta, com Londres impulsionada por corte de imposto no Reino Unido
Rumo do pregão também foi influenciado por comentários do presidente do Federal Reserve
As bolsas da Europa fecharam em território positivo nesta quarta-feira (6), com Londres mostrando um desempenho mais firme após o governo do Reino Unido anunciar corte de impostos sobre o rendimento como parte das medidas para reanimar a economia britânica.
O rumo do pregão também foi influenciado por comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, que reforçou que o ritmo de cortes das taxas de juros nos Estados Unidos dependerá da evolução da economia.
Entre os principais mercados da região, o FTSE 100, de Londres, subiu 0,43%, aos 7.679,31 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX teve variação de 0,10%, aos 17.716,71 pontos. O CAC-40, referencial da Bolsa de Paris, ganhou 0,28%, para encerrar aos 7 954,74 pontos. As cotações são preliminares.
Em discurso sobre o orçamento anual, o chefe do Tesouro do Reino Unido, Jeremy Hunt, declarou que a alíquota principal de uma forma de imposto de renda, conhecida como seguro nacional, cairá de 10% para 8% no próximo mês.
"Fazemos isso para dar a ajuda necessária em tempos difíceis", disse Hunt aos parlamentares. "Mas também porque os conservadores sabem que impostos mais baixos significam maior crescimento", completou.
A decisão, contudo, reduzirá as receitas fiscais do governo, mas o Gabinete de Responsabilidade Orçamentária, o órgão fiscalizador do governo, manteve suas previsões para o endividamento nos próximos anos praticamente inalteradas, graças a uma queda no custo com pagamentos de juros, à medida que a inflação desacelera mais rapidamente do que o previsto.
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As ações da Chill Brands subiram 11% em Londres, após o governo informar que manterá incentivos financeiros para que as pessoas usem produtos vaporizadores em substituição a cigarros comuns. Um imposto especial sobre o consumo de produtos vaporizadores, no entanto, entrará em vigor a partir de outubro de 2026 para desencorajar os não fumantes de começarem a usar esses produtos
Ainda em Londres, a Legal & General cedeu 1,28%, depois que a empresa de seguros de vida, pensões, aposentadoria e serviços de investimento divulgou resultados de 2023. A companhia teve lucro operacional de 1,67 bilhão de libras (US$ 2,12 bilhões) nos 12 meses encerrados em 31 de dezembro, abaixo dos 1,75 bilhão de libras esperados por um consenso compilado pela empresa e ligeiramente inferior aos 1,66 bilhão de libras esterlinas do ano anterior.
Em Paris, as ações da ressegurado Scor ganharam 2,84%, após resultados.
A Grifols voltou a ser penalizada na Bolsa de Madri e cedeu 12,4%, depois que a Gotham City Research publicou seu terceiro relatório sobre a empresa farmacêutica em alguns meses, questionando suas divulgações financeiras. A Gotham disse que a Grifols não abordou todas as perguntas levantadas no relatório anterior, publicado em fevereiro, e questionou o compromisso da empresa com a transparência, integridade e conduta ética.
O Ibex 35 fechou com variação de +0,82%, a 10.200,30 pontos, com a IAG (+5,03%), Endesa (+3,20%) e Fluidr (+2,51%) amenizando o impacto do tombo da Grifols no índices referencial de Madri.
Nos demais mercados, o FTSE MIB, de Milão, subiu 0,66%, a 33 363,84 pontos; em Lisboa, o PSI 20 avançou 0,26%, aos 6.203,64 pontos. As cotações são preliminares.
*Com informações da Dow Jones Newswires