Europa

Bolsas da Europa fecham em alta, com perspectivas para cortes do BCE e observando balanços

Vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, sinalizou mais cedo, em discurso no Parlamento Europeu, que a instituição poderá cortar juros em junho

Banco Central Europeu (BCE)Banco Central Europeu (BCE) - Foto: Daniel Roland / AFP

As bolsas da Europa fecharam em alta nesta quinta-feira, 18, ampliando ganhos da sessão anterior, em dia na qual são apoiadas por perspectivas para a política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Além disso, prossegue a temporada de balanço, com divulgações de importantes empresas.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,32%, a 500,11 pontos.

O vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, sinalizou mais cedo, em discurso no Parlamento Europeu, que a instituição poderá cortar juros em junho se houver mais evidências de que a inflação da zona do euro está caminhando para a meta oficial de 2% de forma sustentável.

O também integrante do conselho do BCE François Villeroy de Galhau afirmou hoje que, a menos que haja uma grande surpresa, a autoridade baixar as taxas. "Estamos cada vez mais confiantes na trajetória de desinflação da zona euro", disse à CNBC. Em Frankfurt, o DAX subiu 0,45%, a 17.850,81 pontos. Em Paris, o CAC 40 teve alta de 0,52%, a 8.023,26. Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,74%, a 33.881,50 pontos.

A agenda desta quinta-feira traz a participação de autoridades do BCE, do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) em eventos ao longo do dia.

Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,37%, a 7.877,05 pontos. A maior alta entre os índices foi em Lisboa, onde o BCP subiu 5,99%, em dia que anunciou que pretende distribuir metade ou mais dos lucros pelos acionistas nos próximos anos. O PSI 20 avançou 1,50%, a 6.327,70 pontos. Em Madri, o Ibex35 teve alta de 1,23%, a 10.765,00 pontos.

O Bank of America (BofA) lembra que os futuros apontam para o primeiro corte do BCE em junho e do Fed em novembro ou dezembro, o que representa um dólar mais forte. "Descobrimos que ações de energia, telecomunicações, Noruega, Reino Unido e cheap value tendem a apresentar desempenho superior quando o índice DXY está subindo e são exibidos de forma atraente na atual fase", aponta. Do lado da dívida, embora 36% da dívida total das grandes empresas vença em 2024, as suas receitas são globais e os suas porcentagem de cobertura permanecem elevados, pontua.

Da temporada europeia de balanços trimestrais, o da ABB agradou, e a ação da empresa suíça de tecnologia industrial saltou 6,26%% em Zurique. Já os resultados da Nokia decepcionaram, e o papel da multinacional finlandesa - que atua em infraestrutura de telecomunicações - caiu 2,22% em Helsinque.

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