Bolsas da Europa fecham em alta; Londres destoa e cai, fustigada por HSBC
O Carrefour foi na direção oposta e terminou o pregão em alta
Leia também
• Dirigente do BoE destaca inflação de serviços, mas fala em espaço para normalizar juros
• Dívida global cresceu mais de US$ 15 tri em 2023, ao recorde de US$ 313 tri, diz IIF
As bolsas europeias fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira (21), com exceção de Londres, que recuou após balanços decepcionantes do HSBC e da Glencore. O Carrefour foi na direção oposta e terminou o pregão em alta, com resultados acima das expectativas. Investidores na Europa aguardam a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), a ser publicada na tarde de hoje, diante de dúvidas sobre quando o BC americano poderá começar a reduzir juros.
Em Londres, o FTSE 100 cedeu 0,73%, aos 7.662,51 pontos. A ação do HSBC respondeu pela maior queda porcentual do índice, com recuo de 8,34%. O banco britânico divulgou um inesperado prejuízo de US$ 153 milhões nos últimos três meses de 2023, ante lucro de US$ 4,38 bilhões em igual período do ano anterior. O desempenho foi atribuído, principalmente, a baixas contábeis do valor da participação no Bank of Communications, um dos maiores credores da China.
O HSBC detém 19% da instituição chinesa, conhecida como BoCom. No quarto trimestre, reduziu o valor estimado dessa fatia em US$ 3 bilhões, para US$ 21,2 bilhões, em parte devido a um abrandamento na economia da China, o que, em última análise, afeta os lucros do BoCom e o valor dos seus ativos. A agência de análise de crédito S&PGlobal manteve a perspectiva estável para o HSBC, avaliando que o perfil de crédito do banco deve permanecer robusto em um horizonte de dois anos, de acordo com relatório divulgado hoje.
As ações da Glencore recuaram 1,10%, após o Ebitda ajustado anual cair pela metade, à medida que os preços do carvão recuaram depois de atingir níveis recordes em meio à guerra da Rússia na Ucrânia. A maior mineradora do mundo em receita disse, nesta quarta-feira, que seu lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização despencou para US$ 17,10 bilhões, de US$ 34,06 bilhões um ano antes. Os analistas previam US$ 17,15 bilhões, com base em um consenso fornecido pela empresa com sede na Suíça.
Em Paris, o CAC-40 subiu 0,22%, aos 7.812,09 pontos. Um impulso veio do Carrefour, que saltou 4,74% e foi a maior alta porcentual do índice, após a varejista francesa superar expectativa de lucro e anunciar um programa de recompra de ações, em balanço divulgado na tarde de ontem. Na rota oposta, a Edenred derreteu 11,53%.
Em Frankfurt, o DAX ganhou 0,29%, aos 17.118,12 pontos. Em Madri, o Ibex-35 subiu 0,69%, aos 10.107,20 pontos. O PSI-20, de Lisboa, terminou em alta de 0,39%, aos 6.250,49 pontos. O FTSE MIB, referencial de Milão, avançou 1,00%, aos 32.018,17 pontos.