Bolsas da Europa fecham na maioria em alta, com perspectivas de relaxamento monetário no radar
Em Londres, as ações da Anglo American subiram 1,36%
As bolsas da Europa fecharam na maioria em alta nesta segunda-feira, 25, em uma sessão na qual são impulsionadas pelas perspectivas de maiores cortes de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) visando estimular a atividade da região.
A perspectiva vem sendo reforçada pela divulgação de indicadores de atividade fracos. O dia contou ainda com a recepção favorável à sinalização do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, de que escolheu Scott Bessent, gestor do Key Square Group, para o Departamento do Tesouro dos EUA.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,14%, a 509,18 pontos.
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O mercado recebeu mais um dado fraco da Alemanha. O índice de sentimento das empresas do país caiu mais do que o previsto, segundo pesquisa divulgada pelo instituto alemão Ifo nesta segunda-feira. Para o instituto, a economia alemã está tropeçando. Na semana passada, dados mostraram que o PIB da Alemanha encolheu.
Economista-chefe do BCE, Philip Lane defendeu que os dirigentes devem manter decisões monetárias "reunião a reunião", sem oferecer trajetória específica para os juros.
Lane observou que os preços de serviços ainda precisam desacelerar na zona do euro para ajudar a manter a inflação de modo sustentável na meta de 2%, o que ele espera que aconteça ao longo de 2025. Por outro lado, o dirigente ponderou que há necessidade de reduzir juros gradualmente.
Na visão do Julius Baer, a probabilidade de cortes de taxas mais rápidos e agressivos, como um corte de 50 pontos base na próxima reunião em dezembro, aumentou. "Isto aceleraria o caminho para uma orientação de política monetária de apoio", avalia o banco suíço.
O setor bancário esteve em foco na sessão, após o UniCredit propor a compra do Banco BPM por 10 bilhões de euros (US$ 10,5 bilhões). A investida ocorre após o UniCredit encontrar obstáculos para a sua proposta de aquisição do alemão Commerzbank.
Em Milão, os papéis do Unicredit recuaram 4,77%, na maior queda do FTSE MIB, que foi exceção entre as bolsas, caindo 0,20%, a 33.427,72 pontos. Já o BPM subiu 5,48%, na maior alta do dia na cidade.
Em Frankfurt, o Commerzbank recuou 4,95% , onde o DAX subiu 0,45%, a 19.409,65 pontos. A potencial união do Unicredit com o Banco BPM criaria uma instituição com capitalização de mercado de 72,4 bilhões de euros, ultrapassando o Intesa Sanpaolo como o maior credor da Itália e o Banco Santander da Espanha como o maior banco da zona euro em valor de mercado.
Em Londres, as ações da Anglo American subiram 1,36%, após a companhia vender a fatia remanescente de seus negócios com carvão na Austrália para a Peabody em um negócio de US$ 3,8 bilhões, à medida em que a materializa seus esforços de reestruturação. Na cidade, o FTSE 100 avançou 0,36%, a 8.291,68 pontos.
Em Paris, o CAC 40 subiu 0,03%, a 7.257,47 pontos. Em Madri, o Ibex35 avançou 0,79%, a 11.748,50 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve alta de 0,47%, a 6.438,88 pontos.