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Brasil

Bolsonaro defende isenção de pedágio a motos em novas concessões rodoviárias

Presidente disse que pediu ao Ministério da Infraestrutura a inclusão do ponto em futuros editais

Jair BolsonaroJair Bolsonaro - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta terça-feira (8) que solicitou ao Ministério da Infraestrutura que considere a possibilidade de que motociclistas sejam isentos de pagar pedágios nas novas concessões de rodovias federais.

Na entrada do Palácio da Alvorada, o presidente disse a um grupo de simpatizantes que orientou o ministro Tarcísio de Freitas a incluir a isenção nos editais dos próximos leilões rodoviários.

Com a diminuição de circulação de veículos devido à pandemia do novo coronavírus, no entanto, o setor tem defendido revisão de contratos para compensar as perdas econômicas.

"Eu orientei o Tarcísio, nas novas concessões, ver se é possível moto não pagar pedágio", disse o presidente, que não deu maiores detalhes da medida.

A crise econômica desencadeada pelo coronavírus impactou o setor de concessões de rodoviais. Em março, no início da pandemia, o movimento das estradas concessionadas recuou em média 18,4%. O dado superou a queda observada durante a greve dos caminhoneiros de 2018.

Em fevereiro, o presidente criticou publicamente os preços de pedágios nas rodovias. Segundo ele, em muitos casos, eles "extrapolam o razoável a ser pago".

No ano passado, Bolsonaro protagonizou ainda uma queda de braço com a Justiça para a retirada de radares móveis em rodovias federais, mas acabou vencido.

Em agosto, o presidente determinou, por meio de um despacho, que a Polícia Rodoviária Federal interrompesse o uso de "medidores de velocidade estáticos, móveis e portáteis".

A Justiça Federal em Brasília, no entanto, determinou que o governo federal restabelecesse a fiscalização. A ordem foi dada pelo juiz Marcelo Gentil Monteiro, da 1ª Vara.

A crítica a radares móveis é um assunto caro ao presidente desde os tempos de deputado federal. Já durante a campanha presidencial ele prometia a remoção do instrumento de fiscalização.

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