Bolsonaro: Ministério de Minas e Energia poderá notificar posto que não reduzir preço de combustível
Presidente voltou a criticar estatal que reajustou valores e disse que é só "Petrobras Futebol Clube e o resto que se exploda"
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesse sábado (12), que vai acionar o ministro de Minas e Energia (MME), Bento Albuquerque, para notificar postos de combustíveis que não reduzirem os preços cobrados nas bombas após a mudança nos tributos aprovada no Congresso.
Ele lamentou que a Petrobras não tenha aguardado a conclusão da votação, na quinta-feira, para definir os reajustes, segundo o portal Metrópoles.
Em vez disso, a estatal anunciou, na quinta-feira (10), aumento de 18,8% na gasolina e de 24,9% no diesel nas refinarias, e ainda de 16,1% no gás liquefeito de petróleo. Os reajustes entraram em vigor na sexta-feira.
Citando o diesel, Bolsonaro afirmou que se a estatal tivesse aguardado a votação poderia ter anunciado um aumento de R$ 0,30 no litro do combustível, em vez de R$ 0,90. Segundo ele, os postos serão alertados de que é preciso reduzir os preços aos consumidores.
Leia também
• Governo deve enviar medida para reduzir valor da gasolina ao Congresso
• Preço das gasolina e do diesel sobem nos postos do Brasil, diz ANP
• Altas nos preços dos combustíveis vira meme: 'Como fazer gasolina caseira?'
Não chegou a ordem para baixar R$ 0,60. Deverá ser comunicado. Vou entrar em contato com ministro de Minas e Energia e ver o que já foi feito para notificar pessoal que tem que baixar R$ 0,60 no preço do diesel. Equivale a uma parte do ICMS e todo imposto federal que zerei”, disse Bolsonaro, em Luziânia, cidade goiana próxima a Brasília.
Ainda segundo o portal Metrópoles, Bolsonaro voltou a criticar a estatal. "A Petrobras demonstra que não tem qualquer sensibilidade com a população, é Petrobras Futebol Clube e o resto que se exploda”, alfinetou.
A Petrobras declarou que os reajustes anunciados foi necessário para mitigar “riscos de desabastecimento”. Afirmou ainda que o lucro da empresa no ano passado, de R$ 106,6 bilhões, “pode parecer muito alto, mas não é”.