Brasil aumenta importações dos EUA em 2025, em meio ao tarifaço de Trump; exportações caíram
Compras de produtos americanos cresceram 17,6% no primeiro trimestre
As importações brasileiras de produtos dos Estados Unidos cresceram 17,6% no mês de março, totalizando US$ 3,53 bilhões.
No acumulado do ano, de janeiro a março, a alta foi de 14,7%, com o volume importado atingindo US$ 10,31 bilhões.
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O movimento ocorre justamente no mês em que o governo norte-americano anunciou um tarifaço sobre produtos estrangeiros, incluindo os do Brasil.
A medida, implementada pelo presidente Donald Trump no dia 2 de abril, impôs tarifas extras de 10% para produtos brasileiros, como aço e alumínio — setores onde os EUA são o principal destino de exportação do Brasil.
A taxação ficou no mesmo patamar dos produtos do Reino Unido, mas abaixo dos 20% cobrados da União Europeia e dos 34% aplicados à China.
Apesar disso, o Brasil aumentou suas compras dos EUA, especialmente de produtos industrializados, eletrônicos, químicos e combustíveis.
Por outro lado, o país viu suas exportações para os EUA recuarem 13,3% em março, somando US$ 3,27 bilhões, e acumularem queda de 0,8% no trimestre, com US$ 9,66 bilhões exportados.
Esse desequilíbrio resultou em um déficit comercial de US$ 0,26 bilhões com os EUA em março, ampliando o saldo negativo para US$ 0,65 bilhões no acumulado de 2025.
Balança Comercial
No total, o Brasil fechou março com um superávit de US$ 8,15 bilhões na balança comercial, com exportações totais de US$ 29,18 bilhões (+5,5%) e importações de US$ 21,02 bilhões (+2,6%). No entanto, o saldo com os EUA foi negativo, em contraste com superávits registrados com países como Argentina (+US$ 0,58 bilhões) e China (+US$ 4,25 bilhões).