Brasil cria 1 milhão de vagas formais no 1º semestre, queda de 26% sobre o mesmo período de 202
Em junho, foram abertos 157,1 mil postos de trabalho com carteira assinada, recuo de 44,8% ante igual mês do ano passado
A economia brasileira gerou 1,023 milhão postos de trabalho com carteira assinada no primeiro semestre de 2023, uma queda de 26,25% em relação ao período de janeiro a junho de 2022. o primeiro semestre do ano passado, foram 1,388 milhão de vagas criadas.
Os dados constam no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), atualizado pelo Ministério do Trabalho nesta quinta-feira. Na prática, o número representa o saldo líquido (contratações menos demissões) da geração de empregos formais.
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Em junho, foram 157,1 mil postos de trabalho com carteira assinada. O número representa queda de 44,8% em relação ao mesmo mês no ano passado, quando foram registrados 285 mil postos. Houve, contudo, leve alta em relação ao mês de maio, que teve saldo de 155,1 postos de trabalho.
Críticas à taxa de juros
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, indicou que o desempenho dos últimos meses ficou “muito abaixo” do potencial do mercado de trabalho brasileiro e apontou para a atuação do Banco Central com a manutenção da taxa básica de juros em 13,75% ao ano, desde agosto de 2022.
O efeito restritivo do crédito caro afeta negativamente o desempenho da economia e consequentemente no mercado de trabalho, segundo o ministro.
— O potencial do mercado de trabalho brasileiro é chegar a 2 milhões até o fim do ano. Ele pode ser alcançado ou ultrapassado a depender do comportamento do Banco Central. Nós ficamos na expectativa que (a queda de juros prevista para agosto) seja a maior possível — avalia Marinho.