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Brasil e China se preparam para fazer comércio em moeda local, diz secretária da Fazenda

Acordo assinado este ano permitirá compensação direta de real para divisa chinesa e valerá também para operações de financiamento

Tatiana RositoTatiana Rosito - Foto: reprodução/vídeo

Durante evento em Pequim, a secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, enumerou medidas entre as instituições financeiras de Brasil e China que vão reduzir os custos das transações entre os dois países: a possibilidade de comércio em moedas locais e autorização de um banco brasileiro participar do sistema de pagamento chinês.

Tatiana mencionou a assinatura, no fim de janeiro, de um memorando entre o Banco Central chinês e o brasileiro para a designação de bancos específicos que poderão fazer a compensação direta entre o RMB (Renmimbi), a moeda oficial chinesa, e o real brasileiro.

"Isso já existe em vários lugares do mundo" observou, durante palestra no Fórum Econômico Brasil-China.

A secretária argumentou que essas medidas se concretizam num cenário de crescimento e influência da economia chinesa no mundo, com a internacionalização do RMB a partir de 2009.

A medida autoriza o comércio ou financiamento de crédito entre RMB e o Real diretamente. Ela ressalvou que as instituições terão de construir o desejo das empresas brasileiras de passar a usar a moeda chinesa, e isso dependerá da queda no preço das transações.

"Se isso representar um custo menor, vai interessar" afirmou.

Ela salientou, entretanto, que o dólar americano é e continuará sendo, por muito tempo, a moeda principal das transações internacionais.

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