Brasil é convidado pela OCDE a negociar adesão ao organismo internacional
Em Brasília, o convite feito ao Brasil é considerado uma vitória diplomática
Os 38 países que integram o Conselho da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) decidiram nesta terça-feira, por unanimidade, convidar o Brasil a dar início ao processo formal de ingresso na organização. Com o convite, as negociações serão formalizadas e, segundo fontes do governo brasileiro, devem durar entre três e cinco anos.
O pedido de adesão à OCDE foi feito no governo do ex-presidente Michel Temer e reforçado pela equipe do presidente Jair Bolsonaro. Desde então, o Brasil aderiu a 103 dos 251 instrumentos normativos exigidos para entrar no organismo, sendo que na atual gestão foram 37 adesões.
Em Brasília, o convite feito ao Brasil é considerado uma vitória diplomática. Isto porque as negociações ocorrerão, ao mesmo tempo, com os seis candidatos a membros da OCDE: além do Brasil, concorrem a uma vaga Argentina, Peru, Romênia, Bulgária e Croácia.
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Esta sempre foi a fórmula defendida pelo secretário-geral do organismo, o australiano Mathias Cormann, com apoio do Brasil. Assim, chegará na frente o país que cumprir mais rápido o total de regras exigidas para a adesão.
Outro ponto considerado relevante, nos bastidores, é que a OCDE se pronunciou antes das eleições deste ano. A expectativa é que o presidente Jair Bolsonaro tentará se reeleger.
Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) destacou que o início das negociações para acessão do Brasil ao chamado 'grupo dos ricos' é um reconhecimento do esforço do paísem se alinhar com as melhores práticas internacionais e em realizar mudanças para a melhoria do ambientede negócios brasileiro. Para a entidadee, ao entrar na OCDE, o Brasil vai atrair mais investimentos em áreas estratégicase ampliar a integração da economia brasileira.
“Esse é um passo de extrema importância para o setor produtivo brasileiro. Tenho certeza de que oprocesso de negociação trará muitos benefícios para o Brasil e servirá de impulso para alavancarmosreformas importantes, que vão aumentar a competitividade da indústria e promover um crescimento maissustentável do país”, disse o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, no comunicado.