Economia

Brasil é o 3º maior alvo de ataques a objetos conectados, diz Symantec

De modo geral, país subiu da 7ª para a 4ª posição de países mais ameaçados pelo cibercrime

Acordo prevê a transformação de multas em investimentos na expansão da rede 4G da empresa em 366 municípiosAcordo prevê a transformação de multas em investimentos na expansão da rede 4G da empresa em 366 municípios - Foto: Pixabay

O Brasil é o terceiro país que mais recebe ataques cibernéticos em dispositivos conectados à internet, informou a Symantec em relatório global divulgado nesta quarta-feira (27). De todas as ameaças detectadas pela empresa de cibersegurança no segmento de Internet das Coisas, 9,8% ocorreram no Brasil. A China aparece em primeiro lugar (com 24%), seguida dos Estados Unidos (10,1%).

"A Internet das Coisas está na mira. Os ataques acontecem em câmeras, normalmente muito baratas, que têm microfone, repassam dados às empresas e podem ser acessadas de forma remota. Além disso, as pessoas não alteram a senha que vem da fábrica", diz Vladimir Amarante, diretor de engenharia da Symantec Latam.

É comum que países como China e Brasil liderem os rankings de ciberataques devido ao grande número de pessoas conectadas à internet. No entanto, o Brasil subiu três posições no principal índice de segurança digital de 2018.

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Em 2017, ocupava o sétimo lugar na lista de mais ameaçados. No ano passado, subiu para a quarta posição, atrás de Índia, China e EUA. Na América Latina e Caribe, mantém há anos o primeiro lugar.

Para a Symantec, a nova posição do Brasil se dá pelo crescimento no acesso a dispositivos móveis. "No ano passado, o número de aparelhos conectados ultrapassou a população brasileira pela primeira vez. Com as pessoas conectadas por mais tempo, é natural que a exposição aumente", diz André Carraretto, estrategista de cibersegurança da empresa.

O país registrou aumento em ataques realizados por robôs, em ramsonware (sequestro de dados pessoais), cryptojacking (roubo de processamento usado para mineração de criptomoedas), phishing por email (quando o criminoso induz o usuário a baixar um programa ou a clicar em um link) e malware (vírus).

Todos os anos, a Symantec elenca as principais tendências no cibercrime. Em 2018, o destaque foi o formjacking, roubo de informações de cartões de crédito feito enquanto a vítima preenche formulários para fazer compras na internet.

A cada mês de 2018, uma média de 4,8 mil sites de vendas foram infectados com código malicioso para roubo de informações financeiras. A empresa bloqueou 3,7 milhões de tentativas de extorsão.

"Com dados de um único cartão de crédito sendo vendidos por US$ 45 (R$ 168) na deep web, dez cartões poderiam resultar em US$ 2,2 milhões (R$ 8,2 milhões) ao cibercrime por mês", diz o relatório.

Para evitar esse crime, os especialistas sugerem que as pessoas criem um cartão virtual em seu aplicativo bancário para realizar transações pela internet. A maioria dos grandes bancos oferece a alternativa.

De modo geral, os ataques na web aumentaram 56% em relação ao ano anterior. Um em cada dez endereços eletrônicos analisados em 2018 tinha um código malicioso. O relatório da Symantec é produzido a partir da sua base global de clientes, uma das maiores desse nicho de mercado, e inclui 157 países.

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