BRB confirma compra do Banco Master; empresas atuarão sob única marca
Compra ainda deve passar por aprovação do Cade e Banco Central; fusão deve unir 19 milhões de contas
O Banco de Brasília (BRB) confirmou que seu Conselho de Administração aprovou por unanimidade a compra do Banco Master, conforme antecipado pelo colunista Lauro Jardim.
Em fato relevante, o BRB afirmou que o preço a ser pago pela instituição será equivalente a 75% do patrimônio líquido consolidado do Master.
Além disso, o banco estatal informou que ambas as instituições atuarão sob a única marca BRB.
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Dados do Banco Central informam que o Master possui 10,28 milhões de contas abertas, enquanto o BRB afirmou por meio do fato relevante que possui 8,9 milhões de clientes, R$ 61 bilhões em ativos e atuação em 20 estados do país.
Listado na Bolsa, as ações ordinárias do BRB (BSLI3) encerraram o dia em queda de 3,23%, aos R$ 7,49.
De acordo com o documento, a operação está "em linha" com a "estratégia de expansão e fortalecimento " da posição do BRB dentro do mercado financeiro.
"O novo conglomerado prudencial visa fortalecer a atuação conjunta no mercado, pela oferta completa de produtos e serviços bancários, de seguridade, meios de pagamento e investimentos a pessoas físicas e jurídicas, presença nacional e estrutura de governança, capital, liquidez, rentabilidade e conformidade regulatória compatível com o porte do novo conglomerado", afirmou BRB em fato relevante.
O negócio deve descontinuar a marca Master, já que ambos vão atuar junto sob o nome BRB.
O comunicado afirma que uma reorganização societária do Banco Master deve preceder o acordo, deixando de fora do negócio ativos e passivos considerados não estratégicos, como participações societárias controladas.
O banco estatal irá adquirir 49% das ações ordinárias e 100% dos papéis preferenciais, totalizando uma fatia de 58% do capital do Master. O negócio inclui duas também duas operações do Master, o Will Bank e o Credcesta.
De acordo com a coluna de Lauro Jardim, Vorcaro, que hoje preside o Master, irá para o conselho do BRB.
As negociações começaram em meados do ano passado, mas ainda precisam passar por análise do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e do Banco Central antes de se concretizarem.