Caixa espera firmar 150 PPPs municipais em iluminação e resíduos
Publicação do primeiro edital está prevista para até 30 de setembro
A Caixa Econômica Federal espera conseguir ao menos mais 150 projetos de parcerias público-privadas (PPP) com 1,8 mil municípios em um chamamento público que será lançado em acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (Seppi). A expectativa foi divulgada nesta quinta-feira (22) pela presidente da Caixa, Daniella Marques, durante almoço na Associação Comercial do Rio de Janeiro.
A iniciativa pretende formar consórcios intermunicipais nas áreas de iluminação pública e gestão de resíduos sólidos. Até 30 de setembro, está prevista a publicação do primeiro edital para a seleção de projetos de iluminação pública, que devem beneficiar municípios com, no mínimo, 80 mil habitantes e consórcios públicos intermunicipais (entre dois e 30 municípios) com mais de 100 mil habitantes
A presidente da Caixa afirmou que o banco já possui 53 projetos de PPPs na carteira, e vai trabalhar de forma proativa para formar consórcios entre cidades menores.
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"A ideia é, ao final de 3 meses de prospecção, a gente organizar consórcios intermunicipais para ter investimentos com mais escala, para atrair grandes investidores", explicou Daniella Marques à imprensa.
Segundo a executiva, os 53 projetos que já estão na carteira da Caixa somam R$ 19 bilhões em investimentos. Em um cenário em que essa proporção se mantenha, a expectativa do banco é atingir R$ 60 bilhões, ultrapassando os 200 projetos.
Denúncias de Assédio
Daniella Marques também respondeu a jornalistas que perguntaram sobre o andamento das investigações a respeito das denúncias de assédio de servidoras do banco contra o ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que nega as acusações.
A atual presidente do banco voltou a afirmar que deu independência para a corregedoria que trabalha para apurar as denúncias, e disse que o prazo para a conclusão dos trabalhos é de 60 a 90 dias. Daniella Marques acrescentou que o Tribunal de Contas da União, a Controladoria Geral da União e a Advocacia Geral da União supervisionam os trabalhos, e a apuração conta com uma empresa externa contratada
"Está em andamento, possivelmente na conclusão da primeira fase", disse. "Acredito que em mais 90 dias, no máximo, os trabalhos sejam concluídos. Não é um trabalho simples de fazer, requer cruzamentos, depoimentos, agendas de viagem, e está correndo tudo com muita seriedade e independência, 24 horas por dia e sete dias por semana".