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Economia

Caixa prevê receber R$ 1 bilhão com programa de renegociação de dívidas

Apresentado por Bolsonaro como se fosse novidade, medida é realizada desde 2017

Caixa Econômica FederalCaixa Econômica Federal - Foto: Marcelo Camargo/ABr

A Caixa Econômica Federal lançou nesta quinta-feira a quarta edição de uma campanha anual de recuperação de crédito, a Você no Azul, que dá descontos de até 90% sobre dívidas de pessoas físicas e empresas MEI, microempresas ou negócios de pequeno e médio portes. Ao todo, a estatal espera receber R$ 1 bilhão de dívidas que já estavam lançadas em seu balanço como prejuízo.

A estimativa da Caixa é de que cerca de 4 milhões de pessoas poderão negociar dívidas e façam a adesão ao programa, que vai até dezembro.

Pode negociar o pagamento com deságio quem tem débitos não pagos há mais de um ano. Como informou reportagem do GLOBO, o programa não é novo, mas tem sido usado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na campanha para sua reeleição.

Sete em cada dez débitos que se qualificam para a renegociação são de até R$ 5 mil, segundo a presidente do banco estatal, Daniella Marques, embora o programa não tenha limite de passivo a ser renegociado.

Os pagamentos com desconto não poderão ser financiados, ou seja, devem ser quitados pelo devedor à vista. Além disso, os deságios são aplicados sobre o total da dívida (principal e juros) e podem não chegar aos 90%. O desconto a ser oferecido depende do perfil da dívida.

Não poderão ser renegociadas no âmbito da campanha os débitos de financiamentos imobiliários e de empréstimos voltados ao agronegócio.

Desde 2017, a Caixa já promove campanhas de recuperação de crédito e, desde 2019, a medida se chama Você no Azul. O diferencial deste ano é que, em 70% dos casos, os negativados poderão fazer a renegociação de maneira digital, por meio do site da Caixa e pelo Whatsapp: 0800 104 0104.

Questionada sobre o porquê de realizar a campanha entre o primeiro turno das eleições e o segundo, Daniella Marques disse que a campanha sempre é feita no último trimestre de cada ano.

"É normal que você, a partir do balanço do ano, entre no quarto trimestre abrindo essa possibilidade de negociação, são dívidas em atraso. Normalmente se abre a janela de oportunidade nesse período. Nos outros anos foi sempre no quarto trimestre", disse a executiva.

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