BRASIL

Caixa quer vender terreno, que deputado negocia para ser Cidade do Flamengo, com estádio e shopping

Negociações começaram há uma semana. Presidente do banco confirma que quer se desfazer de área do Gasômetro

Daniella Marques Consentino, nova presidente da Caixa Economica FederalDaniella Marques Consentino, nova presidente da Caixa Economica Federal - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, afirmou que pretende se desfazer de ativos imobilizados no balanço da instituição, a exemplo da União que tem planos para vender imóveis. Ela contou que, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, abriu um processo de negociação com o Flamengo que busca uma área para construir um estádio próprio.

A Caixa é proprietária de um terreno no Gasômetro, área central do Rio, no Porto Maravilha, que interessa ao clube para construir seu estádio. Devido à localização e junção de vários meios de transporte, a área vale uma fortuna, segundo técnicos envolvidos nas discussões e o Flamengo não teria caixa para arcar com o pagamento sozinho.

-- Interessa à Caixa reduzir o tamanho dos ativos imobilizados porque é um banco com vocação social e de negócios e que tem focar no cliente e não em gestão de patrimônio -- disse Marques.

A transação, no entanto, depende de um estudo de viabilidade técnica financeira, que será realizado de forma acelerada, segundo Daniella. Ele disse que Bolsonaro pediu para “ver se interessa” à própria Caixa e a sociedade executar o projeto que pode revitalizar o Porto Maravilha.
 

As conversas com a Caixa começaram na semana passada em uma reunião entre o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim e assessores com Daniella.

O plano é construir uma solução com a ajuda da prefeitura do Rio, da própria Caixa e do Flamengo em parceria com empresas do setor privado, do ramo imobiliário e shopping para construir a “cidade do Flamengo”, disse o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), que está participando das negociações.

- A ideia é construir uma parceria com solução congregada. Se a Caixa disser que o terreno custa tanto e ponto final, o Flamengo não tem como pagar – disse o deputado.

A solução pode incluir também ativos do Flamengo, como bilheteria, direito de transmissão de jogos e de passe de jogadores.

Em entrevista à Jovem Pan News, Daniella contou que recebe várias mensagens de flamenguistas para ajudar o time. Apesar dos apelos, como do prefeito do Rio, Eduardo Paes, a executiva tem dito de forma reservada que não passa pelos planos simplesmente doar a área para o Flamengo porque tem que obedecer regras de governança da Caixa.

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