Canadá anuncia novas sanções contra Grupo Wagner
As sanções são contra 20 pessoas e 21 entidades russas vinculadas a "empresas militares privadas e às denominadas organizações voluntárias que apoiam a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia"
O Canadá anunciou, nesta quinta-feira (20), novas sanções contra indivíduos e empresas russas, incluídos os chefes militares do Grupo Wagner, ativo na África e na Ucrânia.
Leia também
• Canadá planeja implementar imposto sobre serviços digitais em 2024, apesar da oposição dos EUA
Horas antes, o Reino Unido também havia anunciado sanções relacionadas a abusos do grupo mercenário russo na África.
"Não vamos ficar de braços cruzados enquanto o presidente [Vladimir] Putin e seus colaboradores tentam apagar a cultura e a identidade da Ucrânia mediante ações militares e propagandísticas violentas e injustificáveis", disse a ministra de Relações Exteriores do Canadá, Mélanie Joly, em comunicado.
As sanções são contra 20 pessoas e 21 entidades russas vinculadas a "empresas militares privadas e às denominadas organizações voluntárias que apoiam a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia", bem como o setor nuclear russo.
Entre os sancionados estão "figuras de destaque do Grupo Wagner que estiveram ativas tanto na Ucrânia como na África", entre elas Ivan Maslov, chefe da seção do grupo mercenário acusada de contribuir no massacre de civis em Moura, no Mali, em março de 2022.
O Canadá já havia imposto sanções ao próprio Grupo Wagner e a seu dirigente, Yevgeny Prigozhin.
O grupo paramilitar russo está cada vez mais ativo na África, especialmente no Mali, onde a junta militar utiliza seus mercenários e se alinhou diplomaticamente com a Rússia.
No início de maio, a ONU acusou o Exército malinês e combatentes "estrangeiros" da morte de pelo menos 500 pessoas em março de 2022, durante uma operação antijihadista em Moura.