PEC dos Combustíveis

CCJ da Câmara aprova PEC para manter preço competitivo do etanol

Proposta faz parte do pacote que quer reduzir preço dos combustíveis

Comissão de Constituição de Justiça do SenadoComissão de Constituição de Justiça do Senado - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou, nesta segunda-feira a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pretende estimular a competitividade dos biocombustíveis em relação aos concorrentes fósseis, como gasolina e diesel. A iniciativa faz parte do pacote de propostas para reduzir o preço dos combustíveis diante a alta da inflação e do petróleo.

Com a aprovação no colegiado, deve ser criado uma comissão especial para analisar a proposta. No entanto, é possível que os deputados tentem uma manobra para enviar o texto direto ao plenário.

A PEC do Biocombustível ou do Etanol, como está sendo chamada, tem como objetivo garantir que os itens tenham uma tributação inferior aos combustíveis fósseis para assegurar a competitividade deles. Essa diferença deve ser estabelecida por uma lei complementar.

A proposta é vista como a menos polêmica do que a iniciativa que pretende estabelecer um teto à cobrança do ICMS, aprovada na segunda-feira no Senado, e da PEC dos Combustíveis, que prevê uma compensação aos estados que zerarem o ICMS do diesel, gás de cozinha e transporte público — essa redução seria temporária, só até dezembro de 2022, isto é, justamente no período eleitoral.

O diferencial entre os biocombustíveis e os fósseis já é previsto atualmente. A ideia da PEC é mantê-lo caso sejam aprovados as outras propostas para reduzir o preço dos combustíveis.

O texto da proposta prevê que o diferencial seja estabelecido por lei complementar. O relator do projeto na Câmara, deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), explicou que, enqunato não houver essa legislação, a diferença “será garantida pela manutenção, em termos percentuais, da diferença entre as alíquotas aplicáveis a cada combustível fóssil e aos biocombustíveis que lhe sejam substitutos, em patamar igual ou superior ao vigente em 15 de maio de 2022”.

“Como alternativa a esse comando, quando o diferencial competitivo não for determinado pelas alíquotas, este será garantido pela manutenção do diferencial da carga tributária efetiva entre os combustíveis”, completou Fortes no relatório.

A PEC do Biocombustível, por ser uma proposta de emenda constitucional, precisa ser aprovada em dois turnos. Na primeira votação no Senado, recebeu 68 votos favoráveis e nenhum contrário. Já na segunda, foram 72 senadores a favor e nenhum contra.

Na Câmara, ela precisa ser aprovada por um terço dos deputados em dois turnos.

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