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Leilões

CCR oferece R$ 2 bilhões por bloco de aeroportos no Sul em leilão do governo

Além de Curitiba e Foz do Iguaçu, o bloco inclui os aeroportos Navegantes (SC), Londrina (PR), Bacacheri (PR), Joinville (SC), Pelotas (RS), Uruguaiana (RS) e Bagé (RS)

Maior oferta equivale a um ágio de 1.534,36% feita pela espanhola Aena, que ofereceu R$ 1,05 bilhãoMaior oferta equivale a um ágio de 1.534,36% feita pela espanhola Aena, que ofereceu R$ 1,05 bilhão - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Companhia de Participações em Concessões, do grupo CCR, levou por R$ 2,1 bilhões o primeiro lote de aeroportos leiloados nesta quarta (7) como parte da chamada Infra Week, semana de leilões de concessões em infraestrutura do governo federal.

O primeiro lote leiloado foi o Bloco Sul, composto por nove aeroportos na região sul do país, incluindo os de Curitiba e Foz do Iguaçu, no Paraná. O contrato de concessão prevê investimentos de R$ 2,85 bilhões em ampliação e modernização das instalações.

A maior oferta equivale a um ágio de 1.534,36% e ao dobro da segunda proposta, feita pela espanhola Aena, que ofereceu R$ 1,05 bilhão. O bloco teve ainda um terceiro interessado, Infraestrutura Brasil Holding, que ofereceu R$ 300 milhões.

Além de Curitiba e Foz do Iguaçu, o bloco inclui os aeroportos Navegantes (SC), Londrina (PR), Bacacheri (PR), Joinville (SC), Pelotas (RS), Uruguaiana (RS) e Bagé (RS). O lance mínimo (contribuição inicial) para apresentação de propostas foi fixado em R$ 130,2 milhões.

É o bloco para o qual o mercado previa a maior disputa. Ainda nesta terça, outros dois blocos serão leiloados, incluindo aeroportos das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com investimentos previstos em R$ 3,3 bilhões.

Os contratos de concessão têm duração de 30 anos. O leilão é a sexta rodada de concessões aeroportuárias realizado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Na quinta (7) e na sexta (8), o governo (sem partido) leiloará ainda a Fiol (Ferrovia de Integração Oeste Leste) e cinco terminais portuários. Pelas estimativas do Ministério da Infraestrutura, os projetos desta fase de concessões públicas têm potencial para gerar 200 mil empregos diretos e indiretos.

"O apetite do mercado por essas concessões mostra como os projetos de concessões de infraestrutura no país seguem avançando e como os investidores têm confiança no país, mesmo em um cenário de muita dificuldade", disse o vice-presidente Financeiro, Corporativo e de Relações com Investidores, Daniel Sonder.

Os leilões da Infra Week servirão de teste com os investidores para as próximas rodadas deste ano, que contarão com até 50 projetos. Dentre eles estão as BRs 153 e 163, a Novadutra, os portos do Espírito Santo e de Santos e outros 16 aeroportos, incluindo Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ).

Juntos, esses empreendimentos devem atrair mais R$ 84 bilhões e gerar 2,9 milhões de empregos diretos e indiretos. Deste total, o setor ferroviário deve concentrar R$ 41,6 bilhões em investimentos, seguido pelos terminais portuários (R$ 32 bilhões).

O calendário de leilões entrou na propaganda oficial do governo Jair Bolsonaro (sem partido) como "o maior programa de concessões de infraestrutura do mundo".

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