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TECNOLOGIA

Celular roubado: governo negocia com Meta para bloquear acesso de criminosos a redes sociais

Ministério da Justiça e Segurança pública lançou nesta terça-feira (19) ferramenta para bloquear o acesso de criminosos a aparelhos furtados ou roubado

Facebook/MetaFacebook/Meta - Foto: Chris Delmas/AFP

O governo lançou nesta terça-feira (19) a ferramenta batizada de Celular Seguro, com a promessa de barrar de forma rápida o acesso de criminosos a aparelhos roubados.

Enquanto o acordo com bancos e operadoras de telefonia já foi firmado, o Ministério da Justiça e Segurança Pública também busca possibilitar o bloqueio do acesso dos aplicativos das redes sociais, como Facebook e Instagram, no aparelho.

A informação foi confirmada pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, no lançamento do programa que tem a premissa de transformar o smartphone roubado em "um pedaço de metal inútil". A discussão com a Meta (controladora do Facebook, Instagram, WhatsApp) segue avançando, diz ele

— É uma conversa inicial, ainda, essa questão de bloquear redes sociais, mas a gente acredita que é muito importante. E a gente tem confiança que eles vão se sensibilizar, porque é proteção ao cidadão, e não há motivo para nenhuma plataforma se negar — declara, em coletiva.

Hoje, há o risco dos criminosos conseguirem dados das vítimas por meio das redes sociais conectadas ao aparelho ou usarem ilegalmente o perfil das pessoas.

Outra frente de discussão é com as plataformas de transporte e entrega, como Uber, Ifood e 99. A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), representante do setor, manifestou apoio à iniciativa do Governo Federal em lançar o programa Celular Seguro. Porém, não foi mencionada, por ora, a possibilidade de bloquear também os perfis dos usuários nessas plataformas.

"As associadas 99, iFood e Uber assinaram carta de intenção com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) com o objetivo de se integrarem ao sistema e contribuírem para ampliar a segurança de motoristas, entregadores e usuários em todo o Brasil", diz a entidade em nota.

Com a iniciativa, as vítimas de furto e roubo de dispositivos móveis poderão bloquear o aparelho e aplicativos digitais em poucos cliques. Não há limite para o cadastro de números, mas eles precisam estar vinculados ao CPF para que o bloqueio seja efetivado.

O site já pode ser acessado. O aplicativo ficará disponível nesta quarta-feira (20) para Android e iOS. O registro do usuário será feito com a mesma conta utilizada no gov.br. Cada pessoa cadastrada no Celular Seguro poderá indicar outras, que poderão efetuar os bloqueios da linha telefônica, caso o titular tenha o celular roubado, furtado ou extraviado.

Também é possível que a própria vítima bloqueie o aparelho acessando o gov.br por um computador. O cadastro de “pessoas de confiança” é opcional e, se registradas como contatos de emergência, elas não terão acesso aos dados do celular, podendo, apenas, comunicar o crime no site ou aplicativo Celular Seguro, gerando o bloqueio do aparelho e de aplicativos.

Como funciona
Após o registro de perda, roubo ou extravio do celular, os bancos e instituições financeiras que aderiram ao projeto farão o bloqueio das contas. O procedimento e o tempo de bloqueio de cada empresa estarão disponíveis nos termos de uso do site e do aplicativo. O bloqueio dos aparelhos celulares seguirá a mesma regra. Até fevereiro, as empresas de telefonia também passarão a efetuar o corte das linhas.

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