Celular Seguro: bloqueio de aparelhos da Vivo segue indisponível três meses após laçamento
Governo diz que empresa ainda não se adequou ao programa
Criado pelo governo federal para funcionar como uma espécie de "botão de segurança" para casos de roubos ou furtos, o programa Celular Seguro não é capaz de bloquear celulares da operadora Vivo. O Ministério da Justiça e Segurança Pública alega que a empresa não se adequou ao programa. A operadora diz que segue em tratativas para formalizar a adesão.
O programa funciona por meio de um aplicativo e é uma ferramenta que bloqueia instantaneamente aparelhos roubados e barra acessos a contas de bancos e serviços. Após o acionamento, o celular deve bloquear em até dez minutos os apps de redes bancárias.
O aplicativo, no entanto, não funciona em celulares com chips da operadora Vivo. O Ministério da Justiça diz que o programa foi implementado a partir de cooperação com operadoras de telefonia, mas que nem todas implementaram o bloqueio de linhas.
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A Vivo diz já ter feito todas as adequações tecnológicas necessária para adesão ao programa e que os sistemas estão prontos para serem integrados ao aplicativo.
“A empresa segue em tratativas com o Ministério da Justiça para formalizar a adesão ao projeto e permitir o bloqueio das linhas telefônicas a partir do aplicativo”, diz a operadora por nota.
Em conjunto com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Ministério da Justiça está desenvolvendo uma forma de viabilizar a implementação do bloqueio de linhas a partir da base CEMI (Cadastro de Estações Móveis Impedidas), da ABR Telecom. Assim que implementada, essa melhoria dispensará a necessidade de adesão voluntária por parte das empresas de telefonia.
Em janeiro, o governo informou que o programa ultrapassou a marca de um milhão de usuários cadastrados em menos de duas semanas de funcionamento.
“Neste momento, o Ministério da Justiça e Segurança Pública se prepara para melhorar a ferramenta e implementar novas funcionalidades, que qualificarão a experiência do usuário”, informou o ministério por meio de nota.