Cenário externo continua demandando cautela, diante de incerteza sobre o Fed, avalia Banco Central
Fed diminuiu a taxa básica de juros americana em 0,5 ponto porcentual, o primeiro corte em quatro anos
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central avalia que o cenário externo continua desafiador e demandando cautela de países emergentes, diante das incertezas sobre o ritmo de desaceleração e desinflação dos Estados Unidos - e, consequentemente, sobre a postura que será adotada pelo Federal Reserve (Fed), o banco central do país.
"Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho", diz o comunicado divulgado nesta quarta-feira, 18, pelo Copom.
Leia também
• Entenda em 5 pontos os principais recados do Banco Central ao subir os juros para 10,75%
• Fed reduz projeção para PCE em 2024 e 2025; meta de 2% deve ser atingida em 2026
• Wise obtém licença de Instituição de Pagamento do Banco Central do Brasil
"O comitê avalia que o cenário externo, também marcado por menor sincronia nos ciclos de política monetária entre os países, segue exigindo cautela por parte de países emergentes."
Horas atrás, o Fed diminuiu a taxa básica de juros americana em 0,5 ponto porcentual, o primeiro corte em quatro anos.
Mas o presidente da instituição, Jerome Powell, usou a tradicional entrevista coletiva pós-decisão para conter a empolgação dos mercados e avisar que a baixa de hoje não deve ser interpretada como o ritmo que o afrouxamento monetário no país terá daqui em diante.
Nas últimas declarações públicas, os membros do Copom têm repetido que não há relação mecânica entre a política monetária americana e a brasileira.